COMPROMISSOS DO SETOR

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

TEMA 59 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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Dando continuidade ao parágrafo anterior, que realça o modo atual de compreender a família, conclui-se que ela pode se transformar apenas em um lugar de passagem, acessível somente quando houver conveniência própria, como desejos volúveis ou pretensos direitos. Diante desse quadro, é fácil confundir liberdade verdadeira com uma permissão sem freios, desrespeitando verdades, valores e princípios que nos guiam, como a concepção do matrimônio monogâmico e indissolúvel. Os estilos de vida correntes levam frequentemente a situações embaraçosas, como é o caso da solidão, pois, para fugir dela, procura-se uma relação que traga proteção e fidelidade, mas simultaneamente pode apenas comprometer o que antes desejara, como a satisfação de outras aspirações pessoais.

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SS propõe que façamos uma reflexão entre o que está na moda para a sociedade atual, de uniões conjugais menos exigentes, algumas que chegam por vezes a danos morais e humanos lamentáveis. Em contraposição, há o que a formação cristã nos ensina sobre a importância do matrimônio e da família, com valores que não podemos omitir ao mundo. Não devemos nos limitar, entretanto, a uma denúncia retórica infrutífera dos males contemporâneos, assim como tentar impor normas autoritariamente. Como proceder? Desenvolvendo um esforço responsável e generoso na tentativa de convencer a sociedade a optar pelo matrimônio e pela família, reconhecendo-os como uma graça que Deus lhes oferece.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat



quinta-feira, 15 de novembro de 2018

TEMA 58 - AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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Neste parágrafo inicial, o Papa Francisco reitera a importância do bem da família para o futuro do mundo e da Igreja. Para nós, cristãos, as famílias têm início no matrimônio. É um verdadeiro mistério a relação entre esses dois conceitos: matrimônio e família. No contexto atual, deparam-se com inúmeras dificuldades, cuja superação exige análises profundas, verdadeiros desafios a serem enfrentados pelas próprias famílias e também pela Igreja.  Os Padres que participaram do Sínodo 2014/2015 fizeram importantes contribuições pastorais, apresentando um panorama da realidade das famílias de todo o mundo e outras preocupações derivadas da visão do Papa.

A situação atual da família

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O parágrafo examina o papel antropológico-cultural nas sociedades atuais e futuras. Há várias décadas passadas, em algumas nações, já se notava uma realidade doméstica com mais liberdade, com uma distribuição equitativa de encargos, responsabilidades, tarefas etc. A comunicação pessoal entre os esposos repercute favoravelmente na vida familiar, impregnando-a de um humanismo mais espontâneo. A reminiscência de modelos do passado não deve influir de modo dominante na vivência das sociedades atuais nem nas futuras. Constata-se, outrossim, que as mudanças antropológico-culturais referidas acima demonstraram que as pessoas recebem hoje menos apoio das estruturas sociais em sua vida afetiva e familiar do que no passado, isto é, entendemos que o matrimônio era mais estável e os costumes vigentes mais aceitos.

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O parágrafo é muito rico nos assuntos, versando sobre temas diversos e atuais e envolvendo conceitos e escolhas de vida. Aborda:
- o individualismo exagerado que prejudica laços familiares, isolando cada um como se fosse uma ilha e gerando pessoas que crescem segundo seus próprios desejos, assumidos de uma forma indiscutível. Essa cultura individualista tem suas consequências, pois pode produzir manifestações de intolerância, de agressividade e solidão.
- o ritmo estressante da vida atual, em consequência da organização da sociedade, corre o risco de ser permanente, tornando-se um hábito.
- a autenticidade como qualidade quando não reproduz as posturas de outrem. Na sociedade atual, ela é apreciada por desenvolver capacidades e espontaneidade, mas pode também degenerar em defeitos como fuga de compromissos, teimar em manter-se na zona de conforto ou, o que é pior, tornar-se arrogante.
- a liberdade de escolha. Elogiável quando projeta sua própria vida e cultiva o melhor de si mesmo, mas essa liberdade pode se degradar em incapacidade de doação generosa, se não tiver objetivos nobres e hábitos regrados.
- a solidão manifestada em muitos países pela redução dos matrimônios apresenta-se pela vivência solitária ou com a opção de conviver sem co-habitar.
- o sentido de justiça é digno de elogios, mas se ele for mal compreendido, pode se degenerar em exigências inadequadas.  

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat


terça-feira, 30 de outubro de 2018

TEMA 57 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

A transformação do amor
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Este parágrafo versa sobre a transformação do amor conjugal no decorrer da vida, atualmente mais longeva (chegando a cinco, seis décadas de união), propiciada pelas circunstâncias atuais. Se no início da vivência comum a atividade sexual tinha um papel muito importante, com o correr dos anos outros valores foram substituindo-a, dando oportunidade a novas satisfações. Uma delas é a alegria da pertença recíproca, gerando o prazer do companheirismo mútuo, onde cada um conhece tudo de sua vida, de sua história e tudo partilha. Esse crescimento mútuo envolve um amadurecimento contínuo. Nas dificuldades, sabe com quem pode contar para superá-las. Embora parte integrante do amor conjugal prometido, o sentimento não pode ser estendido a todos os momentos. O mesmo não acontece com o projeto comum de vida, que é estável e pelo qual nos comprometemos a nos amar e a nos manter unidos todos os dias até que a morte nos separe.

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O parágrafo aborda a influência da aparência física no amor conjugal. Como surge um casal? O nosso próprio? Em um primeiro momento, podemos até enumerar as causas imediatas, provavelmente de natureza física: o olhar, o falar, o rosto, a postura, o andar... enfim, podemos enumerar um sem fim de motivos pelos quais nos decidimos pelo cônjuge: ele por ela, entre tantas que conheceu antes da decisão e, do mesmo modo, ela por ele. O certo é que o cônjuge enamora-se pela pessoa inteira do outro, com uma identidade própria e não apenas pelo corpo, embora este corpo, independentemente do desgaste pelo tempo, nunca deixe de expressar de alguma forma aquela identidade pessoal que cativou o coração. Com o passar dos anos, o cônjuge enamorado continua a ser capaz de personificá-la e a expressar com carinho seu amor. Reitera essa escolha com uma proximidade fiel e cheia de ternura. A emoção provocada pelo cônjuge como pessoa não tende, necessariamente, para o ato conjugal. Adquire outras expressões sensíveis, porque o amor é uma única realidade. Embora com distintas emoções, caso a caso, pode uma ou outra dimensão sobressair mais. O vínculo encontra novas modalidades e exige a decisão de reatá-lo repetidamente; não só para conservá-lo, mas para fazê-lo crescer. É o caminho de se construir dia após dia. Essa decisão, entretanto, não progredirá se não se contar com a graça do Espírito Santo sobre o nosso amor para fortalecê-lo, orientá-lo e transformá-lo em cada nova situação.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

terça-feira, 23 de outubro de 2018

RETIRO OUT/2018 - SANTOS B

Com a pregação do Frei Lino, o Setor Santos B, realizou nos dias 19, 20 e 21 de outubro o retiro anual com o tema: Sal da terra, luz do mundo.








segunda-feira, 15 de outubro de 2018

TEMA 56 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Matrimônio e virgindade
161AL
Este parágrafo continua a abordar diversos aspectos da vida conjugal e da virgindade. São modalidades diferentes de amar, realidade indispensável ao ser humano, pois sem ela a vida perde o sentido. Mas, então, se ambas as vidas exprimem o mesmo conceito, qual é a diferença? Ela é essencial ou apenas fruto de opção? Pensamos ser opcional. Na virgindade, ama-se sem necessidade do outro, refletindo assim a liberdade que reinará no Reino dos Céus. Associando-nos a esta ideia, chegamos a Cristo Ressuscitado e neste momento podemos atribuir à virgindade um sinal “escatológico”. Quanto à vida conjugal, o que dizer? Preliminarmente, teríamos a dizer que sua finalidade última é o amor definitivo a Cristo. Poderíamos complementar dizendo que o matrimônio é um sinal terreno (e os dois serão uma só carne (Gn 2,24), até que a morte os separe), sinal também dado por Cristo quando se uniu a nós até o derramamento do seu sangue.

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O parágrafo coteja a vida celibatária e a vida matrimonial. Ambas podem ter estilos, ou apenas momentos, mais exigentes e outros mais suaves. Iniciemos pela celibatária. Pode optar por uma cômoda solidão, com a liberdade de locomoção e de residência, independência financeira, escolha das pessoas com as quais convive. E o casal? A sintonia de vontades proporciona outras alegrias compartilhadas por ambos os cônjuges. Lembremos, porém, que há situações que geram sacrifícios, como o passar dos anos. As doenças e a idade podem levar o cônjuge a se tornar fisicamente menos atraente ou deixar de satisfazer as suas necessidades, surgindo ocasiões propícias à infidelidade ou ao abandono. Situações extremas de doença podem exigir do cônjuge uma fidelidade sem limite, como se estivesse ao pé da cruz, reafirmando o sim que um dia disseram até a morte. Muitas outras circunstâncias poderiam ser lembradas na vida conjugal, como aquelas famílias com filhos fragilizados por doenças, outros com comportamentos difíceis e até ingratos, exigindo dedicação e generosidade de seus pais. Infelizmente, a secularização ofuscou o valor da riqueza que representa uma união fiel e permanente. Voltemos à vida celibatária. Tantos exemplos vivenciados pelas famílias são um convite aos celibatários a viverem sua dedicação ao Reino com maior generosidade e disponibilidade.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

domingo, 30 de setembro de 2018

TEMA 55 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Matrimônio e virgindade
158 AL
Há pessoas que não se casam, mas que nem por isso deixam de ser úteis, pois podem apoiar sua própria família de origem como também podem prestar serviços em outros ambientes sociais: entidades de beneficência, associações profissionais, na comunidade eclesial... Para quem quer, não faltam oportunidades de colocar à disposição dos outros seus talentos e vocação. Nesse sentido, há aqueles que consagram a vida por amor a Cristo e aos irmãos. Sua dedicação enriquece tanto a Igreja como a família.

159 AL
A virgindade é o tema do parágrafo. A abstinência sexual deve ser uma decisão pessoal, tomada conscientemente, sem constrangimentos de espécie alguma, tendo em vista um bem maior. São João Paulo II disse que os textos bíblicos não oferecem motivo para sustentar nem a inferioridade do matrimônio nem a superioridade da virgindade ou do celibato devido à abstinência sexual. Tais estados de vida podem ser perfeitos, cada um em seu lugar conforme o ponto de vista. Exemplificando, poderíamos considerar o matrimônio o maior dos sacramentos, pois simboliza algo tão grande como a união de Cristo com a Igreja ou a união da natureza divina com a humana (Alexandre de Hales). As circunstâncias podem influir na decisão. É o que aconteceu com São Paulo. Levado pela ideia que Cristo regressaria em breve e portanto o tempo de evangelização seria curto, recomendava a virgindade. Reconhecia, entretanto, que Não tenho nenhum mandamento do Senhor (1Cor7,25).

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Conforme vimos no parágrafo anterior, não há mandamento que justifique colocar em contraposição os dois estados de vida: o casamento e o celibato. Encontram-se, porém, situações errôneas como aquela que reduz o valor do matrimônio com fundamento na abstinência sexual. É também interessante esclarecer que o estado de perfeição desejado pelos conselhos evangélicos (obediência, pobreza e castidade) é pelo seu conjunto e não pela continência sexual mesma. Seguir o espírito dos referidos conselhos pode nos levar à perfeição cristã, que afinal se resume na excelência da caridade.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

sábado, 15 de setembro de 2018

TEMA 54 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano
156 AL
Submissão! Palavra delicada porque pode levar a interpretações desabonadoras. Tentemos, entretanto. A submissão expressa, com tons pejorativos, um conceito de obediência inquestionável. Como por vezes aparece em termos bíblicos, as mulheres sejam submissas aos maridos (Ef 5,22), é necessário que seja tratada sob a forma de perícope (uma parte destacada de um texto para ser analisada e estudada em separado) para que não se entre em contradições desalinhadas do objetivo. No próprio texto de São Paulo, as atitudes dos maridos a serem tomadas em relação às mulheres desfariam o desconforto de Ef 5,22. É o que vemos em Ef 5,25-28. Aliás, São João Paulo II, em sábia explicação, desfaz qualquer dúvida: O amor exclui todo o gênero de submissão, pelo qual a mulher se tornasse serva ou escrava do marido (...). A comunidade ou unidade, que devem constituir por causa do matrimônio, realiza-se através de uma recíproca doação, que é também submissão mútua. O Papa Francisco completa: entre os cônjuges, essa recíproca submissão adquire um significado especial, devendo-se entender como uma pertença mútua livremente escolhida, com um conjunto de características de fidelidade, respeito e solicitude. A sexualidade está a serviço desta amizade conjugal de modo inseparável, porque tende a procurar que o outro viva em plenitude.

157 AL
O parágrafo trata do dar e receber nas relações sexuais entre os esposos. Na sexualidade e no erotismo há distorções, mas que não devem constituir motivo para serem desprezadas ou mesmo descuidadas. O amor verdadeiro real e profundo do matrimônio é uma via de dois sentidos para ambas as partes. A satisfação deve ser recíproca, tanto em dar como em receber. Nesta troca, quem recebe deve-se considerar necessitado e pronto para receber com gratidão sincera e feliz as expressões corporais e/ou espirituais de doação do outro e vice-versa. Bento XVI é muito claro: Se o homem aspira ser somente espírito e quer rejeitar a carne como uma herança apenas animalesca, então espírito e corpo perdem a sua dignidade. Deve-se reconhecer que o equilíbrio tão desejado entre ambos, espírito e corpo, é frágil, podendo facilmente descontrolar-se.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

TEMA 53 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Violência e Manipulação
153 AL
Neste parágrafo, SS diz com muita propriedade que a sexualidade sadia, construtiva, complemento importante e às vezes fundamental na realização da pessoa humana, tratada no TEMA 52, pode, por diversos motivos, se degenerar e se tornar causa de atitudes perversas e até abomináveis, mas que não podem ser, infelizmente, ignoradas. Quando o corpo do outro não é mais respeitado, porque deixou de ser fonte de prazer, pode provocar, entre outros, instintos cruéis e desumanos, causadores dos maiores sofrimentos da pessoa antes amada. Essa subversão pode vir até acompanhada de violência sexual, gerada pela insatisfação do prazer frustrado, em total oposição ao amor sadio.

154 AL
SS lembra neste parágrafo que o ato conjugal supõe o consentimento de ambos os lados e, se não ocorrer pelas condições e desejos legítimos, não é um verdadeiro ato de amor e nega, em consequência, uma exigência de reta ordem moral nas relações entre os esposos. Deus criou a sexualidade e, portanto, o ato conjugal decorrente é querido por Deus. A matéria foi abordada em profundidade por São Paulo quando escreveu: Nesse assunto, ninguém prejudique ou lese o irmão (1Ts 4,6). Em outra ocasião foi ainda mais explícito, pois embora em época em que dominava a cultura patriarcal, na qual a mulher era considerada completamente subordinada ao homem, já previa que a sexualidade era um assunto a ser tratado por ambas as partes.  Até mesmo, se necessário fosse protelar as relações sexuais por algum tempo, que o fosse de comum acordo (1Cor 7,5).

155 AL
O homem e a mulher, como seres humanos, no exercício da união conjugal, estão sujeitos a situações indesejáveis, como a da insaciabilidade, como dizia São João Paulo II, pois pode levar à pretensão de tentarem esquecer as diferenças inevitáveis entre ambos. A pertença recíproca é um bem precioso, quando equilibrado. Quando, porém, se torna uma forma de domínio, abala a estrutura da comunhão interpessoal de amor, onde a dignidade se esvai tanto do dominador como do dominado. Neste ambiente, a beleza da união amorosa é substituída por um sexo inexpressivo.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

TEMA 52 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

A dimensão erótica do amor
150 AL
O cerne do conteúdo do parágrafo é que a sexualidade é um bem maravilhoso criado por Deus. É necessário, contudo, o equilíbrio entre o eros e o ágape, tão bem explicado pelo Papa Bento XVI, como já vimos anteriormente nos TEMAS 3 e 4. Aliás, é uma explicitação do que já dissera São João Paulo II de rejeitar “a ideia de que a doutrina da Igreja leve a uma negação do valor do sexo humano ou que o tolere simplesmente pela necessidade de procriação”. Acrescentaríamos ainda que a necessidade sexual não é objeto de menosprezo e “não se trata de modo algum de pôr em questão tal necessidade”.

151 AL
Há quem receie que a educação das paixões e da sexualidade prejudique a espontaneidade do amor sexual. O ser humano, como ensinava São João Paulo II, é chamado à plena e matura espontaneidade das relações sexuais, “fruto gradual do discernimento dos impulsos do próprio coração”. É algo que se conquista. Na sua catequese sobre a teologia do corpo humano, São João Paulo II dizia uma verdade lapidar, que a corporeidade sexual “é não só fonte de fecundidade e procriação”, mas possui “a capacidade de exprimir amor, exatamente aquele amor que o homem-pessoa se torna dom”. Finalizando o parágrafo, diríamos que “o erotismo mais saudável, embora ligado a uma busca de prazer, supõe admiração e, por isso, pode humanizar os impulsos”.

152 AL
Resumindo-se os dois parágrafos anteriores, diríamos que a dimensão erótica do amor é um maravilhoso dom de Deus que complementa o envolvimento de duas pessoas que se amam, se admiram e se respeitam, “mostrando-nos de que maravilhas é capaz o coração humano”.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat