COMPROMISSOS DO SETOR

terça-feira, 30 de outubro de 2018

TEMA 57 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

A transformação do amor
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Este parágrafo versa sobre a transformação do amor conjugal no decorrer da vida, atualmente mais longeva (chegando a cinco, seis décadas de união), propiciada pelas circunstâncias atuais. Se no início da vivência comum a atividade sexual tinha um papel muito importante, com o correr dos anos outros valores foram substituindo-a, dando oportunidade a novas satisfações. Uma delas é a alegria da pertença recíproca, gerando o prazer do companheirismo mútuo, onde cada um conhece tudo de sua vida, de sua história e tudo partilha. Esse crescimento mútuo envolve um amadurecimento contínuo. Nas dificuldades, sabe com quem pode contar para superá-las. Embora parte integrante do amor conjugal prometido, o sentimento não pode ser estendido a todos os momentos. O mesmo não acontece com o projeto comum de vida, que é estável e pelo qual nos comprometemos a nos amar e a nos manter unidos todos os dias até que a morte nos separe.

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O parágrafo aborda a influência da aparência física no amor conjugal. Como surge um casal? O nosso próprio? Em um primeiro momento, podemos até enumerar as causas imediatas, provavelmente de natureza física: o olhar, o falar, o rosto, a postura, o andar... enfim, podemos enumerar um sem fim de motivos pelos quais nos decidimos pelo cônjuge: ele por ela, entre tantas que conheceu antes da decisão e, do mesmo modo, ela por ele. O certo é que o cônjuge enamora-se pela pessoa inteira do outro, com uma identidade própria e não apenas pelo corpo, embora este corpo, independentemente do desgaste pelo tempo, nunca deixe de expressar de alguma forma aquela identidade pessoal que cativou o coração. Com o passar dos anos, o cônjuge enamorado continua a ser capaz de personificá-la e a expressar com carinho seu amor. Reitera essa escolha com uma proximidade fiel e cheia de ternura. A emoção provocada pelo cônjuge como pessoa não tende, necessariamente, para o ato conjugal. Adquire outras expressões sensíveis, porque o amor é uma única realidade. Embora com distintas emoções, caso a caso, pode uma ou outra dimensão sobressair mais. O vínculo encontra novas modalidades e exige a decisão de reatá-lo repetidamente; não só para conservá-lo, mas para fazê-lo crescer. É o caminho de se construir dia após dia. Essa decisão, entretanto, não progredirá se não se contar com a graça do Espírito Santo sobre o nosso amor para fortalecê-lo, orientá-lo e transformá-lo em cada nova situação.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

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