COMPROMISSOS DO SETOR

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

TEMA 58 - AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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Neste parágrafo inicial, o Papa Francisco reitera a importância do bem da família para o futuro do mundo e da Igreja. Para nós, cristãos, as famílias têm início no matrimônio. É um verdadeiro mistério a relação entre esses dois conceitos: matrimônio e família. No contexto atual, deparam-se com inúmeras dificuldades, cuja superação exige análises profundas, verdadeiros desafios a serem enfrentados pelas próprias famílias e também pela Igreja.  Os Padres que participaram do Sínodo 2014/2015 fizeram importantes contribuições pastorais, apresentando um panorama da realidade das famílias de todo o mundo e outras preocupações derivadas da visão do Papa.

A situação atual da família

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O parágrafo examina o papel antropológico-cultural nas sociedades atuais e futuras. Há várias décadas passadas, em algumas nações, já se notava uma realidade doméstica com mais liberdade, com uma distribuição equitativa de encargos, responsabilidades, tarefas etc. A comunicação pessoal entre os esposos repercute favoravelmente na vida familiar, impregnando-a de um humanismo mais espontâneo. A reminiscência de modelos do passado não deve influir de modo dominante na vivência das sociedades atuais nem nas futuras. Constata-se, outrossim, que as mudanças antropológico-culturais referidas acima demonstraram que as pessoas recebem hoje menos apoio das estruturas sociais em sua vida afetiva e familiar do que no passado, isto é, entendemos que o matrimônio era mais estável e os costumes vigentes mais aceitos.

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O parágrafo é muito rico nos assuntos, versando sobre temas diversos e atuais e envolvendo conceitos e escolhas de vida. Aborda:
- o individualismo exagerado que prejudica laços familiares, isolando cada um como se fosse uma ilha e gerando pessoas que crescem segundo seus próprios desejos, assumidos de uma forma indiscutível. Essa cultura individualista tem suas consequências, pois pode produzir manifestações de intolerância, de agressividade e solidão.
- o ritmo estressante da vida atual, em consequência da organização da sociedade, corre o risco de ser permanente, tornando-se um hábito.
- a autenticidade como qualidade quando não reproduz as posturas de outrem. Na sociedade atual, ela é apreciada por desenvolver capacidades e espontaneidade, mas pode também degenerar em defeitos como fuga de compromissos, teimar em manter-se na zona de conforto ou, o que é pior, tornar-se arrogante.
- a liberdade de escolha. Elogiável quando projeta sua própria vida e cultiva o melhor de si mesmo, mas essa liberdade pode se degradar em incapacidade de doação generosa, se não tiver objetivos nobres e hábitos regrados.
- a solidão manifestada em muitos países pela redução dos matrimônios apresenta-se pela vivência solitária ou com a opção de conviver sem co-habitar.
- o sentido de justiça é digno de elogios, mas se ele for mal compreendido, pode se degenerar em exigências inadequadas.  

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat


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