Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso
Amor Cotidiano
Violência
e Manipulação
153 AL
Neste parágrafo, SS diz com muita propriedade que a
sexualidade sadia, construtiva, complemento importante e às vezes fundamental
na realização da pessoa humana, tratada no TEMA 52, pode, por diversos motivos,
se degenerar e se tornar causa de atitudes perversas e até abomináveis, mas que
não podem ser, infelizmente, ignoradas. Quando o corpo do outro não é mais
respeitado, porque deixou de ser fonte de prazer, pode provocar, entre outros,
instintos cruéis e desumanos, causadores dos maiores sofrimentos da pessoa
antes amada. Essa subversão pode vir até acompanhada de violência sexual,
gerada pela insatisfação do prazer frustrado, em total oposição ao amor sadio.
154 AL
SS lembra neste parágrafo que o ato conjugal supõe
o consentimento de ambos os lados e, se não ocorrer pelas condições e desejos
legítimos, não é um verdadeiro ato de amor e nega, em consequência, uma
exigência de reta ordem moral nas relações entre os esposos. Deus criou a
sexualidade e, portanto, o ato conjugal decorrente é querido por Deus. A
matéria foi abordada em profundidade por São Paulo quando escreveu: Nesse
assunto, ninguém prejudique ou lese o irmão (1Ts 4,6). Em outra ocasião foi
ainda mais explícito, pois embora em época em que dominava a cultura
patriarcal, na qual a mulher era considerada completamente subordinada ao
homem, já previa que a sexualidade era um assunto a ser tratado por ambas as
partes. Até mesmo, se necessário fosse protelar as relações sexuais por
algum tempo, que o fosse de comum acordo (1Cor 7,5).
155 AL
O homem e a mulher, como seres humanos, no
exercício da união conjugal, estão sujeitos a situações indesejáveis, como a da
insaciabilidade, como dizia São João Paulo II, pois pode levar à
pretensão de tentarem esquecer as diferenças inevitáveis entre ambos. A
pertença recíproca é um bem precioso, quando equilibrado. Quando, porém, se
torna uma forma de domínio, abala a estrutura da comunhão interpessoal de amor,
onde a dignidade se esvai tanto do dominador como do dominado. Neste ambiente,
a beleza da união amorosa é substituída por um sexo inexpressivo.
Agradecendo
a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”.
(Jo 15,5)
Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat
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