COMPROMISSOS DO SETOR

sábado, 15 de setembro de 2018

TEMA 54 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano
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Submissão! Palavra delicada porque pode levar a interpretações desabonadoras. Tentemos, entretanto. A submissão expressa, com tons pejorativos, um conceito de obediência inquestionável. Como por vezes aparece em termos bíblicos, as mulheres sejam submissas aos maridos (Ef 5,22), é necessário que seja tratada sob a forma de perícope (uma parte destacada de um texto para ser analisada e estudada em separado) para que não se entre em contradições desalinhadas do objetivo. No próprio texto de São Paulo, as atitudes dos maridos a serem tomadas em relação às mulheres desfariam o desconforto de Ef 5,22. É o que vemos em Ef 5,25-28. Aliás, São João Paulo II, em sábia explicação, desfaz qualquer dúvida: O amor exclui todo o gênero de submissão, pelo qual a mulher se tornasse serva ou escrava do marido (...). A comunidade ou unidade, que devem constituir por causa do matrimônio, realiza-se através de uma recíproca doação, que é também submissão mútua. O Papa Francisco completa: entre os cônjuges, essa recíproca submissão adquire um significado especial, devendo-se entender como uma pertença mútua livremente escolhida, com um conjunto de características de fidelidade, respeito e solicitude. A sexualidade está a serviço desta amizade conjugal de modo inseparável, porque tende a procurar que o outro viva em plenitude.

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O parágrafo trata do dar e receber nas relações sexuais entre os esposos. Na sexualidade e no erotismo há distorções, mas que não devem constituir motivo para serem desprezadas ou mesmo descuidadas. O amor verdadeiro real e profundo do matrimônio é uma via de dois sentidos para ambas as partes. A satisfação deve ser recíproca, tanto em dar como em receber. Nesta troca, quem recebe deve-se considerar necessitado e pronto para receber com gratidão sincera e feliz as expressões corporais e/ou espirituais de doação do outro e vice-versa. Bento XVI é muito claro: Se o homem aspira ser somente espírito e quer rejeitar a carne como uma herança apenas animalesca, então espírito e corpo perdem a sua dignidade. Deve-se reconhecer que o equilíbrio tão desejado entre ambos, espírito e corpo, é frágil, podendo facilmente descontrolar-se.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

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