COMPROMISSOS DO SETOR

segunda-feira, 30 de julho de 2018

TEMA 51 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Deus ama a alegria dos seus filhos
147 AL
SS observa que o mundo vê o comportamento da Igreja, com seus mandamentos e proibições, como um obstáculo à felicidade e à alegria da vida preparada pelo Criador. Ele recorre, então, ao Papa Bento XVI, que responde reconhecendo que, em épocas passadas, não faltaram exageros e ascetismos impróprios do cristianismo. A Doutrina oficial da Igreja, fiel à Sagrada Escritura, coloca o eros em seu devido lugar, isto é, como um bem desejável, fonte de alegria e prazer, exigindo, porém, a prática de ascese, renúncias, purificações e saneamentos.

148 AL
O intento fundamental de SS é salvar a alegria legítima da família. Este objetivo deve ser alcançado seguindo um belo caminho com as paixões, combinando-as progressivamente a um projeto de autodoação e seu entrelaçamento com momentos de intenso prazer, enriquecidos com dedicação generosa, espera paciente, inevitável fadiga e esforço por um ideal. A vida da família merece tanto? Merece ser vivida inteiramente? Certamente que sim.

149 AL
Deus ama a alegria dos seus filhos supondo-se o bom uso de todas as coisas (1 Tm 6,17). Este conceito já foi emanado no Antigo Testamento, quando aconselha “Filho, se tens posses, faze o bem a ti mesmo (...) Não te prives do bem de um dia” (Eclo 14,11.14). Se um casal de esposos é feliz, o que também é desejado por Deus, que desfrute deste bem ou como diz o texto bíblico “Quando os dias forem bons, aproveite-os bem (...)” (Ecl 7,14). SS abre os horizontes quando diz que o prazer pode, no decorrer da vida e conforme a necessidade do amor mútuo, tomar outras formas de expressão. Neste sentido, pode-se ampliar a consciência, dilatando e aperfeiçoando as perspectivas, para não ficar preso a uma experiência muito limitada. Aliás, alguns mestres orientais caminham nesta direção. Há correntes espirituais, entretanto, que insistem erroneamente em eliminar o desejo para se libertar da dor decorrente.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

domingo, 15 de julho de 2018

TEMA 50 AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

O mundo das emoções
143 AL
O Papa Francisco, quando aborda um tema, como é o caso das emoções no presente parágrafo, o faz sob uma visão ampla e profunda. Inicia pela definição. Os desejos, sentimentos, emoções são chamados pelos clássicos como “paixões”. Pois bem, o ser humano, em todas as suas atividades, sempre as carrega com uma dose de paixão que, embora variável, pode ser de maior ou menor intensidade. São sinais afetivos de prazer ou sofrimento, de alegria ou tristeza, de afeto ou rejeição. É psicológico e até os filósofos diriam que é ontológico.

144 AL
SS refere-se, nesta oportunidade, à sensibilidade de Jesus em algumas passagens evangélicas, mostrando seu coração humano. Exemplificando, a rejeição de Jerusalém o amargurava profundamente (Mt 23, 37), levando-o mesmo a chorar (Lc 19,41). Noutra ocasião, o motivo do seu choro foi a morte de um amigo.

145 AL
É um parágrafo extremamente denso. Inicia dizendo que a emoção não é intrinsicamente um bem ou um mal, mas o ato realizado em decorrência dela é que poderá ser moralmente bom ou mau. Assim, a atração por alguém não é necessariamente um bem, pois, pelo contrário, se eu quiser escravizá-la de alguma forma estarei alimentando o meu egoísmo. SS dá até uma lição de vida quando diz que nos julgamos sermos bons só porque temos sentimentos, o que é um tremendo engano. É o caso, por exemplo, de pessoas que se sentem capazes de um grande amor, mas na realidade têm necessidade apenas de afeto, pois são incapazes de buscar a felicidade dos outros. Por vezes, os sentimentos escondem um egocentrismo exagerado, impedindo um relacionamento saudável e feliz com a família.

146 AL
Numa família, o amor matrimonial bem desenvolvido procura fazer com que sua vida emotiva se transforme em um bem comum. No decorrer do convívio familiar, é importante que a vida emotiva de cada um de seus membros seja livre em seus propósitos, o que a enriquece e a embeleza, livrando-a de cerceamentos inconvenientes. É a maturidade desejável.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

sábado, 30 de junho de 2018

TEMA 49 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

O diálogo
139 AL
É um parágrafo rico de orientações gerais para se conseguir um diálogo construtivo não apenas entre pessoas amigas, mas também entre casais. De início, devemos nos imbuir de amplitude mental, de modo que não nos encerremos em umas poucas ideias, mas sim de uma flexibilidade tal que permita modificar ou completar nossa bagagem. Outro conselho básico é que devemos aspirar o que seria a unidade na diversidade e não a uniformidade pura e simplesmente. Não devemos ter a obrigação de sermos iguais, mas um estilo de comunhão fraterna, enriquecedor, onde pessoas diferentes se respeitam e se apreciam, cada um com o seu colorido próprio. Outra recomendação de SS é de desenvolvermos a capacidade de expressar o que se sente sem ferir ou magoar, embora o que se deva dizer seja exigente, evitando-se uma linguagem moralizante que agride e ironiza. Há tantas discussões entre casais, cujos motivos não são graves, porém de coisas pouco relevantes, mas que se avolumam pelo modo de dizê-las ou pela atitude assumida.

140 AL
O parágrafo, embora curto, transmite uma lição de vida. Diz que o amor, quando manifestado por gestos de atenção, olhares de carinho, agrados de ternura ou outros por ele sugerido, facilita e muito o relacionamento do casal, principalmente o diálogo. Se quisermos ter segurança em nossas atitudes, devemos apoiá-las em nossas convicções e valores, evitando-se um clima de concorrência ou superação sobre o outro.

141 AL
O parágrafo é extremamente prático e lógico. O conselho para se manter o diálogo, mesmo entre os cônjuges, é preciso riqueza interior e para tal é necessário alimentá-la com leitura, reflexão pessoal, compreendendo a oração e a abertura à sociedade, ampliando as relações interpessoais, de preferência com diferentes modos de pensar. Se não houver empenho pessoal e não havendo novidades de valores com outras pessoas, a família vai se fechando continuamente com risco de endogamia e o diálogo, que é o objeto do presente estudo, se esvazia.

Amor apaixonado
142 AL
O parágrafo versa sobre o amor conjugal, emanado no Concílio Vaticano II, segundo o qual ele abrange integralmente toda a pessoa (corpo, alma e espírito). Nestas condições, o amor conjugal pode conferir especial dignidade às suas manifestações do corpo e do espírito, enobrecendo-as, uma vez que elas são sinais peculiares próprios dele. Os próprios místicos afirmam que os amores sobrenatural e celeste, que necessitam de símbolos para se exprimirem, vão buscar mais no amor conjugal sua fonte inspiradora do que nas outras expressões de amor, como o filial, o de amizade, à Pátria, à profissão, amor entre pais e filhos ou até aquele dedicado a uma causa. Por quê? Justamente pela sua abrangência total, justificando o desenvolvimento que SS dará aos sentimentos e à sexualidade no matrimônio.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

sexta-feira, 15 de junho de 2018

TEMA 48 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

O diálogo
136 AL
O objetivo do parágrafo é mostrar a importância do diálogo entre os cônjuges e, por extensão, entre os demais membros da família. É fácil? Parece, mas não o é, pois seu aperfeiçoamento e amadurecimento exigem que seja mantido sempre vivo o interesse nesse objetivo. A diversidade de pessoas e as circunstâncias devem ser consideradas. Na vida conjugal, por exemplo, a diferenciação de um ser homem e outro mulher é fundamental. Na vida familiar, a diversidade das pessoas não é menos importante. Assim, uns são adultos e até idosos, enquanto outros podem ser jovens, cuja linguagem é própria, possivelmente, apenas entre os contemporâneos. O modo de formular as perguntas propicia o tom das respostas. A escolha das oportunidades, por sua vez, depende da sensibilidade dos interlocutores. SS encerra seu parágrafo aconselhando desenvolver o hábito de atitudes que exprimam o amor, favorecendo o diálogo autêntico.

137 AL
O parágrafo versa basicamente sobre uma regra de ouro de como escutar o outro. Muitas vezes, um dos cônjuges não precisa de uma solução para os seus problemas, mas de ser ouvido. Tem de sentir que se apreendeu o que vai no seu íntimo, os sentimentos que invadem a sua alma, a sua desilusão, o seu sonho, sua esperança. As queixas são mais frequentes do que se pensa. Algumas até lembradas por SS: Não me ouve e, quando parece que o faz, na realidade está pensando em outra coisa; enquanto falo, tenho a sensação de estar esperando que acabe logo; quando falo com você, tenta mudar de assunto ou me dá respostas rápidas para encerrar a conversa. Pode-se evitar? Sim, reservar tempo adequado para se escutar com paciência tudo o que o outro tem a manifestar e que precisava comunicar; não interrompê-lo, o que exige sacrifício; despojar-se das próprias necessidades e urgências, enfim, dar espaço. É a prática da ascese.

138 AL
Quando se trata de diálogo entre duas pessoas quaisquer, deve se dar valor ao outro, que tem o direito de existir, de pensar de modo autônomo e, afinal, ser feliz; ou, em outras palavras, tem capacidade própria, intuição pessoal desenvolvidas em experiências de vida. O aprofundamento do diálogo poderá ocorrer, até mesmo ser o ponto de partida se esclarecermos o que o preocupa e o apaixona.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

quarta-feira, 30 de maio de 2018

TEMA 47 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)

Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Amor que se manifesta e cresce
133 AL
Para se refletir o presente parágrafo, que versa sobre o amor de amizade, sugerimos que antes deve ser recordada a conceituação desenvolvida no parágrafo 127. Para o crescimento do amor de amizade, que supomos existir entre os cônjuges e, por extensão, entre os membros da família, devemos nos empenhar continuamente, como sugere SS, quando aborda três palavras-chave para esta conquista: licença, obrigado e desculpa. Devem ser empregadas sem limites ou restrições, pelo que significam. A primeira mostra que não somos donos do pedaço, a segunda revela que valorizamos o gesto do outro e a terceira, quando percebemos que cometemos algo incorreto. Quando somos generosos no seu emprego, a paz e a alegria reinarão no convívio conjugal e, por extensão, no ambiente familiar e contribuirão para evitar pesados silêncios indesejáveis.

134 AL
Estamos falando especialmente de amor conjugal e seu crescimento, que deve ser constante. Como é uma expressão da caridade, é envolvido por um verdadeiro círculo vicioso, isto é, quanto mais cresce, maior é a capacidade de aumento. A criatividade é importante; a escolha de temas e como tratá-los para que se obtenha o desejado objetivo é uma verdadeira arte. É o caso, por exemplo, da indissolubilidade do matrimônio, que não deve ser vista como obrigação ou uma exigência doutrinária. O recurso para superar o desconforto de tal tema é tornar mais frequentes e intensas as demonstrações de amor e de ternura, que levarão à maior consciência e vitalidade da unidade do casal.

135 AL
O parágrafo enfrenta as dificuldades da realidade da vida, com uma atitude incomum. Não imaginar uma vida idílica, com viés celestial, porque tal imaginação conspira contra os esforços para crescimento. A Conferência Episcopal do Chile foi peremptória: não existem as famílias perfeitas que a publicidade falaciosa nos propõe. Nelas, não passam os anos, não existe a doença, atribulação nem a morte. A publicidade consumista mostra uma realidade ilusória que não tem nada a ver com a realidade que devem enfrentar no dia a dia os pais e as mães da família. É mais saudável aceitar com realismo os limites, os desafios e as imperfeições e dar ouvidos ao apelo para crescer juntos, fazer amadurecer o amor e cultivar a solidez da união aconteça o que acontecer.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

quinta-feira, 24 de maio de 2018

TESTEMUNHO DA PEREGRINAÇÃO À APARECIDA DE 2018



          Todo ano aguardamos com alegria e entusiasmo a Peregrinação das Equipes à Aparecida, principalmente neste ano que estamos nos preparando para o Encontro Internacional de Fátima.
         Um fato curioso deste ano, foi que durante toda a viagem e o decorrer do terço, o céu estava com muitas nuvens densas prenunciando uma chuva forte. Pois é, a chuva caiu realmente, acompanhada de forte vento, justamente quando participávamos da Eucaristia e, quando saímos da Basílica, a chuva estava praticamente terminando e depois da confraternização, voltamos para Santos, sem chuva, porém, com o céu muito escuro e carregado. O que isso nos faz pensar?
         Outro ponto que queremos destacar foi que nossos companheiros de viagem foram sensacionais durante o dia inteiro, pois durante o caminho houveram muito bate-papo, relatos interessantes e engraçados e até músicas escolhidas a dedo provenientes de um celular.
         O grupo foi pequeno mas foi homogêneo na faixa etária, no entusiasmo e na alegria, pois todos estavam perfeitamente integrados.









Odete e Alfio - ENS Sorriso

terça-feira, 15 de maio de 2018

TEMA 46 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)

Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Casar-se por amor
131 AL
SS explica que tudo o que vem sendo refletido sobre o amor não deve ser alterado quando visto sob a ótica da instituição matrimonial. Pelo contrário, revela discernimento tal capaz de assumir uma nova responsabilidade perante a outra pessoa. Não é uma troca de vantagens ou, digamos, de mútua compensação; antes, um sinal de amadurecimento do amor, visando crescimento e solidez, incentivando sua missão na sociedade. O matrimônio não é uma moda passageira que persiste. A sua essência é mais profunda por estar radicada na própria natureza da pessoa humana e no seu caráter social. Fundamenta-se em um amor tão decidido e generoso que supera as incertezas do futuro.

132 AL
Dando continuidade ao parágrafo anterior, podemos dizer que assumir um matrimônio é transformar em um único caminho o do outro e do meu. Tal decisão deve ser livre, espontânea, sem constrangimentos e, embora lastreada em um amor que deve ser forte e sincero, cujas etapas iniciais foram detalhadas no TEMA 32 deste blog, não deixa de ser arriscada e ousada. O sim, palavra tão curta, mas transbordante de conteúdo, dita solenemente à sociedade, fruto de responsável reflexão, exprime toda uma disposição de entrega recíproca total do presente e do futuro. Como diz SS, este sim significa dizer ao outro que poderá sempre confiar que não será abandonado, mesmo se perder atrativo, se tiver dificuldades ou caso se apresentem novas possibilidades de prazer ou de interesses egoístas.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat 

segunda-feira, 30 de abril de 2018

TEMA 45 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Alegria e beleza
126 AL
A preocupação de SS neste parágrafo é mostrar que o matrimônio, quaisquer que sejam as circunstâncias da vida conjugal, deve ser sempre alicerçado na alegria do amor, no sentido profundo de São Tomás, que usa a palavra alegria para se referir à dilatação da amplitude do coração. Em contraposição, quando a busca pelo prazer é exclusiva, obsessiva, impede a capacidade de desfrutar de outras realidades variadas, como é o caso da fase da vida em que o prazer se apaga. A alegria matrimonial deve trilhar o caminho da amizade, onde os esposos prestam reciprocamente ajuda e serviço na superação dos contrastes da vida, como por exemplo tensões e repouso, sofrimentos e libertações, aborrecimentos e prazeres.

127 AL
O parágrafo abrange vários conceitos, cujas expressões convêm serem relembradas. Caridade é o amor de amizade, quando capta e aprecia o valor sublime do outro. E o que é esse valor sublime? É aquele valor que permite saborear o caráter sagrado da pessoa, não coincidindo com os atrativos físicos e psicológicos nem com imperiosa necessidade de possuí-la. Com outras palavras, dir-se-ia que esse valor sublime implica no gosto de contemplar e apreciar o que é belo e sagrado do seu ser pessoal, além das minhas necessidades, quando sei que a pessoa não pode ser minha ou quando se tornou fisicamente desagradável ou agressiva.

128 AL
O parágrafo versa basicamente sobre o que pode ocorrer no relacionamento entre os cônjuges e, por extensão, entre os membros da família. Todos têm sua importância, seu valor, que devem ser sempre considerados para evitar desabafos do tipo: O meu marido não me olha; para ele, parece que sou invisível. Olhe-me, por favor! E, em contraposição, pode ocorrer a situação inversa: A minha mulher já não me olha, agora só tem atenção para os filhos. Por vezes, quantos esforços são feitos pelos cônjuges ou pelos filhos para serem valorizados? E o que está faltando? Um olhar contemplativo, capaz de ver o valor intrínseco do ser humano, independentemente se estiver doente, velho ou sem atrativos sensíveis.

129 AL
Este amor contemplativo em análise tem várias faces, que poderiam ser compreendidas pela alegria recíproca causada por um ato generoso e desinteressado de dar. Aliás, este pensamento não é atual: Dá e recebe, e alegra a ti mesmo (Eclo 14,16): É doce e consoladora a alegria de fazer as delícias para os outros, vê-los usufruir delas. Este júbilo, efeito do amor fraterno, não é o da vaidade de quem olha para si mesmo, mas o do amante que se compraz no bem do ser amado, que transborda para o outro e se torna fecundo nele. Embora prosaico, não deixa de ser um exemplo significativo pelo seu conteúdo humano, o da cozinheira cuja delícia é apreciar a satisfação de quem saboreia o seu tempero.

130 AL
O sofrimento também pode provocar alegria. Contraditório? Nem sempre. Santo Agostinho, nas suas Confissões, diz que quanto mais grave for o perigo, tanto maior é o gozo no triunfo. SS aproveita o aforisma do grande pensador para aplica-lo na vida conjugal. É o que acontece com os casais quando, já adiantados nos anos, olham para dias passados: Poucas alegrias humanas são tão profundas e festivas como quando duas pessoas que se amam conquistaram, conjuntamente, algo que lhes custou um grande esforço compartilhado.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat


quarta-feira, 25 de abril de 2018

ENCONTRO DE ESPIRITUALIDADE - ABRIL/18


A Equipe N.Sra. do Perpétuo Socorro do Setor Santos B, realizou na Capela São João Paulo II, o  Encontro de Espiritualidade Mensal  conduzido por Dom Tarcísio Scaramussa, que aproveitou a oportunidade para nos falar sobre o “Ano do Laicato























segunda-feira, 23 de abril de 2018

SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL III

Nos dias 21 e 22 de abril, foi realizada a Sessão de  Formação Nível III da Província Sul I - Região São Paulo Sul I, no Instituto Cristóvão  Colombo.

O dia começou com a missa presidida pelos  SCER Pe. Jailson e SCE Pe. Edivaldo e nela o Evangelho de João 6, 60-69, foi certeiro ao falar da força e  da exigência da missão.

As palestras fluíram levemente com os discursos e testemunhos zelosos e consistentes do CRSRB Hermelinda e Arturo e do CRP Sul 1 Sandra e Valdir.

Em cada apontamento a história do movimento e a sua estrutura foram sendo apresentados de modo claro e pontual ao que diz respeito ao carisma e mística das ENS.

Em grupos, foram feitas reflexões com base no estudo do guia das ENS e dos temas abordados nas palestras, além de intervalos de descontração com jogo de perguntas.

Um outro momento muito confortante e primoroso foi o debate com os casais Hermelinda e Arturo e Sandra e Valdir. A cada resposta um cuidado, testemunho riquíssimo e emocionado de quem vive, respeita e diz sim, inclusive quando tem tudo para negar o chamado a servir.

A sessão foi encerrada com a missa do envio em que, mais uma vez o Evangelho (Jo 10, 1-10)  abraçou a todos com as palavras sobre o Bom Pastor.








































quinta-feira, 19 de abril de 2018

TEMA 44 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Crescer na caridade conjugal
(120, 121 e 122 AL)
Até este ponto, vimos acompanhando as reflexões sobre o Hino da Caridade, escrito por São Paulo. Chega-se à pergunta: como entendê-lo na caridade conjugal? Inicialmente, esclarecemos que SS, nos parágrafos citados acima, desenvolve os aspectos teológicos do matrimônio quando diz, no 120 AL, que o Espírito que o Senhor infunde nos dá um coração novo e torna o homem e a mulher capazes de se amarem como Cristo nos ama.
Mais adiante (já no 121 AL), SS diz que em virtude do sacramento, os esposos são investidos em uma autêntica missão, para que possam tornar visível, a partir das realidades simples e ordinárias, o amor conjugal com que Cristo ama sua Igreja.
São conceituações muito densas e profundas em planos diferentes, levando SS a lembrar (no 122 AL) que tais ensinamentos devem ser devidamente dosados, compatíveis com as condições do casal. São duas pessoas limitadas que apenas pretendem se aperfeiçoar espiritualmente, como proposto no matrimônio, mediante um processo dinâmico de crescimento gradual na conquista dos dons de Deus. Sugerimos uma releitura dos TEMAS 13 a 15 deste blog para entender os ensinamentos de SS em toda a sua profundidade.

A vida toda, tudo em comum
123 AL
A essência do parágrafo focaliza a perenidade do matrimônio e sua indissolubilidade, porque haure sua vitalidade nas próprias inclinações da pessoa humana. Após a fase de namoro, quando todas as dúvidas e obstáculos supõem-se superados (pede-se recordar o TEMA 32), e desejam ficar noivos, não há quem possa pensar que esse projeto de vida seja passageiro, isto é, apenas por algum tempo. Na própria natureza do amor conjugal, existe a abertura ao definitivo. Por exemplo, as juras de amor, quando sinceras, embora fragilizáveis pelos inimigos conhecidos (como a rotina, a concupiscência e outros) são sempre do tipo: você é a mulher / homem da minha vida..., sugerem durabilidade.

124 AL
Com nossa experiência de vida conjugal (65 anos), quer se considere casamento (simples união) ou matrimônio (quando abençoado pela graça sobrenatural) – pede-se ler o TEMA 13 -, podemos dizer que a convivência exige uma atitude muito séria ou, como também diríamos, exige um mínimo de maturidade para se assumir tal compromisso. A cultura do provisório, atualmente tão difundida, impede um processo constante de crescimento.
Estamos convencidos que ajuda muito a doação recíproca dos futuros de ambos, quando o casal tem consciência de um sentido de vida diferenciado que vai além dos próprios projetos. Já vimos um exemplo deste gênero quando se abordou a origem primeira do casal, antes mesmo da sua manifestação, como visto ao tratar do Mysterium do casal no TEMA 16 deste blog. SS, ao abordar a perenidade do matrimônio, recorda-se de São Roberto Belarmino: o fato de um só se unir com uma só em um vínculo indissolúvel, de modo que não possa separar-se, sejam quais forem as dificuldades, e mesmo quando se perdeu a esperança de prole, isso não pode acontecer sem um grande mistério.

125 AL
O objetivo do parágrafo é lembrar que o casamento / matrimônio vão além das características de uma paixão, mas envolvem também um processo dinâmico de crescimento, atingindo uma maturidade totalizante. Uma união na qual partilha-se tudo, exigindo exclusividade e fidelidade revestidas de respeito mútuo, como diz GS 49: unindo o humano e o divino, este amor leva os esposos ao livre e recíproco dom de si mesmo, que se manifesta com a ternura do afeto e com as obras, e penetra toda a sua vida.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat