Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano
O diálogo
139 AL
É
um parágrafo rico de orientações gerais para se conseguir um diálogo
construtivo não apenas entre pessoas amigas, mas também entre casais. De
início, devemos nos imbuir de amplitude mental, de modo que não nos encerremos
em umas poucas ideias, mas sim de uma flexibilidade tal que permita modificar
ou completar nossa bagagem. Outro conselho básico é que devemos aspirar o que
seria a unidade na diversidade e não
a uniformidade pura e simplesmente.
Não devemos ter a obrigação de sermos iguais, mas um estilo de comunhão fraterna,
enriquecedor, onde pessoas diferentes se respeitam e se apreciam, cada um com o
seu colorido próprio. Outra recomendação de SS é de desenvolvermos a capacidade
de expressar o que se sente sem ferir ou magoar, embora o que se deva dizer
seja exigente, evitando-se uma linguagem
moralizante que agride e ironiza. Há tantas discussões entre casais, cujos
motivos não são graves, porém de coisas pouco relevantes, mas que se avolumam
pelo modo de dizê-las ou pela atitude assumida.
140 AL
O
parágrafo, embora curto, transmite uma lição de vida. Diz que o amor, quando
manifestado por gestos de atenção, olhares de carinho, agrados de ternura ou
outros por ele sugerido, facilita e muito o relacionamento do casal,
principalmente o diálogo. Se quisermos ter segurança em nossas atitudes,
devemos apoiá-las em nossas convicções e valores, evitando-se um clima de
concorrência ou superação sobre o outro.
141 AL
O
parágrafo é extremamente prático e lógico. O conselho para se manter o diálogo,
mesmo entre os cônjuges, é preciso riqueza interior e para tal é necessário
alimentá-la com leitura, reflexão pessoal, compreendendo a oração e a abertura
à sociedade, ampliando as relações interpessoais, de preferência com diferentes
modos de pensar. Se não houver empenho pessoal e não havendo novidades de
valores com outras pessoas, a família vai se fechando continuamente com risco
de endogamia e o diálogo, que é o objeto do presente estudo, se esvazia.
Amor apaixonado
142 AL
O parágrafo versa
sobre o amor conjugal, emanado no Concílio Vaticano II, segundo o qual ele
abrange integralmente toda a pessoa (corpo, alma e espírito). Nestas condições,
o amor conjugal pode conferir especial dignidade às suas manifestações do corpo
e do espírito, enobrecendo-as, uma vez que elas são sinais peculiares próprios dele.
Os próprios místicos afirmam que os amores sobrenatural e celeste, que
necessitam de símbolos para se exprimirem, vão buscar mais no amor conjugal sua
fonte inspiradora do que nas outras expressões de amor, como o filial, o de
amizade, à Pátria, à profissão, amor entre pais e filhos ou até aquele dedicado
a uma causa. Por quê? Justamente pela sua abrangência total, justificando o
desenvolvimento que SS dará aos sentimentos e à sexualidade no matrimônio.
Agradecendo
a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)
Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte
Serrat
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