Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano
Amor que se manifesta e cresce
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Para se refletir o
presente parágrafo, que versa sobre o amor de amizade, sugerimos que antes deve
ser recordada a conceituação desenvolvida no parágrafo 127. Para o crescimento
do amor de amizade, que supomos existir entre os cônjuges e, por extensão, entre
os membros da família, devemos nos empenhar continuamente, como sugere SS,
quando aborda três palavras-chave para esta conquista: licença, obrigado e desculpa. Devem ser empregadas sem limites ou
restrições, pelo que significam. A primeira mostra que não somos donos do
pedaço, a segunda revela que valorizamos o gesto do outro e a terceira, quando
percebemos que cometemos algo incorreto. Quando somos generosos no seu emprego,
a paz e a alegria reinarão no convívio conjugal e, por extensão, no ambiente familiar
e contribuirão para evitar pesados silêncios indesejáveis.
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Estamos
falando especialmente de amor conjugal e seu crescimento, que deve ser
constante. Como é uma expressão da caridade, é envolvido por um verdadeiro círculo vicioso, isto é, quanto mais
cresce, maior é a capacidade de aumento. A criatividade é importante; a escolha
de temas e como tratá-los para que se obtenha o desejado objetivo é uma
verdadeira arte. É o caso, por exemplo, da indissolubilidade do matrimônio, que
não deve ser vista como obrigação ou uma exigência doutrinária. O recurso para
superar o desconforto de tal tema é tornar mais frequentes e intensas as
demonstrações de amor e de ternura, que levarão à maior consciência e
vitalidade da unidade do casal.
135 AL
O
parágrafo enfrenta as dificuldades da realidade da vida, com uma atitude
incomum. Não imaginar uma vida idílica, com viés celestial, porque tal
imaginação conspira contra os esforços para crescimento. A Conferência
Episcopal do Chile foi peremptória: não
existem as famílias perfeitas que a publicidade falaciosa nos propõe. Nelas,
não passam os anos, não existe a doença, atribulação nem a morte. A publicidade
consumista mostra uma realidade ilusória que não tem nada a ver com a realidade
que devem enfrentar no dia a dia os pais e as mães da família. É mais
saudável aceitar com realismo os limites, os desafios e as imperfeições e dar
ouvidos ao apelo para crescer juntos, fazer amadurecer o amor e cultivar a
solidez da união aconteça o que acontecer.
Agradecendo
a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)
Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte
Serrat
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