COMPROMISSOS DO SETOR

quinta-feira, 19 de abril de 2018

TEMA 44 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Crescer na caridade conjugal
(120, 121 e 122 AL)
Até este ponto, vimos acompanhando as reflexões sobre o Hino da Caridade, escrito por São Paulo. Chega-se à pergunta: como entendê-lo na caridade conjugal? Inicialmente, esclarecemos que SS, nos parágrafos citados acima, desenvolve os aspectos teológicos do matrimônio quando diz, no 120 AL, que o Espírito que o Senhor infunde nos dá um coração novo e torna o homem e a mulher capazes de se amarem como Cristo nos ama.
Mais adiante (já no 121 AL), SS diz que em virtude do sacramento, os esposos são investidos em uma autêntica missão, para que possam tornar visível, a partir das realidades simples e ordinárias, o amor conjugal com que Cristo ama sua Igreja.
São conceituações muito densas e profundas em planos diferentes, levando SS a lembrar (no 122 AL) que tais ensinamentos devem ser devidamente dosados, compatíveis com as condições do casal. São duas pessoas limitadas que apenas pretendem se aperfeiçoar espiritualmente, como proposto no matrimônio, mediante um processo dinâmico de crescimento gradual na conquista dos dons de Deus. Sugerimos uma releitura dos TEMAS 13 a 15 deste blog para entender os ensinamentos de SS em toda a sua profundidade.

A vida toda, tudo em comum
123 AL
A essência do parágrafo focaliza a perenidade do matrimônio e sua indissolubilidade, porque haure sua vitalidade nas próprias inclinações da pessoa humana. Após a fase de namoro, quando todas as dúvidas e obstáculos supõem-se superados (pede-se recordar o TEMA 32), e desejam ficar noivos, não há quem possa pensar que esse projeto de vida seja passageiro, isto é, apenas por algum tempo. Na própria natureza do amor conjugal, existe a abertura ao definitivo. Por exemplo, as juras de amor, quando sinceras, embora fragilizáveis pelos inimigos conhecidos (como a rotina, a concupiscência e outros) são sempre do tipo: você é a mulher / homem da minha vida..., sugerem durabilidade.

124 AL
Com nossa experiência de vida conjugal (65 anos), quer se considere casamento (simples união) ou matrimônio (quando abençoado pela graça sobrenatural) – pede-se ler o TEMA 13 -, podemos dizer que a convivência exige uma atitude muito séria ou, como também diríamos, exige um mínimo de maturidade para se assumir tal compromisso. A cultura do provisório, atualmente tão difundida, impede um processo constante de crescimento.
Estamos convencidos que ajuda muito a doação recíproca dos futuros de ambos, quando o casal tem consciência de um sentido de vida diferenciado que vai além dos próprios projetos. Já vimos um exemplo deste gênero quando se abordou a origem primeira do casal, antes mesmo da sua manifestação, como visto ao tratar do Mysterium do casal no TEMA 16 deste blog. SS, ao abordar a perenidade do matrimônio, recorda-se de São Roberto Belarmino: o fato de um só se unir com uma só em um vínculo indissolúvel, de modo que não possa separar-se, sejam quais forem as dificuldades, e mesmo quando se perdeu a esperança de prole, isso não pode acontecer sem um grande mistério.

125 AL
O objetivo do parágrafo é lembrar que o casamento / matrimônio vão além das características de uma paixão, mas envolvem também um processo dinâmico de crescimento, atingindo uma maturidade totalizante. Uma união na qual partilha-se tudo, exigindo exclusividade e fidelidade revestidas de respeito mútuo, como diz GS 49: unindo o humano e o divino, este amor leva os esposos ao livre e recíproco dom de si mesmo, que se manifesta com a ternura do afeto e com as obras, e penetra toda a sua vida.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

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