COMPROMISSOS DO SETOR

terça-feira, 10 de abril de 2018

Visita SRB na Província Sul I – Região SP Sul I


Que Alegria!

A Super Região Brasil esteve reunida em Santos nos dias 6,7 e 8 de abril, semana em que comemoramos os 60 anos do Movimento das Equipes de Nossa Senhora em Santos.

No sábado à noite, reunidos os seis setores que compõem a Região SP Sul l e todo o colegiado da Super Região Brasil, foi realizada uma Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Paulo Renato, concelebrada pelos SCEs Frei Lino, Pe. Felix, Pe. Isac e Pe. Luis Alfonso, na Catedral de Santos.
Após a missa, no salão de festas, todos se confraternizaram e cantaram Parabéns Santos pelos 60 anos do MENS na nossa região.
Teve a palavra, o nosso ilustre amigo equipista: Fernando Martins- da equipe nº 1 – ENS Nossa Sra do Monte Serrat. Suas palavras e testemunho de vida dentro das ENS nos encoraja na caminhada e enfatiza a importância da vivência dos PCES na santificação do casal e compromisso da família cristã na sociedade.

A SRB, com 14 casais e o SCE SRB Pe Paulo Renato, ficaram muito felizes com a acolhida e honrados por partilharem conosco desse momento especial de comemoração.

Agradecemos a colaboração e participação de todos.

"Fazei tudo o que Ele vos disser..." Jo 2,5
Roselei e Waldir
CRS Santos B                                   






























   

sexta-feira, 30 de março de 2018

TEMA 43 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Tudo suporta
(118 AL)
Ao analisar o conceito Tudo suporta, SS não se restringe a uma atitude despretensiosa de suportar coisas incômodas, vai além; para superar qualquer desafio implica uma resistência dinâmica e persistente, podendo atingir as raias do heroísmo tenaz. Neste momento, lembra-se de Martin Luther King que, por opção pelo amor fraterno, pagou com a vida ao enfrentar as perseguições e humilhações de seus adversários.
Nesta oportunidade, SS recorda-se do que, em religião, chama-se imagem de Deus. É um poderoso recurso teológico, segundo o qual se vê uma pessoa que mais te odeia e, até mesmo num olhar mais abrangente, a nação que mais te odeia ou a raça que mais te odeia... Não importa o que te façam, vês sempre a imagem de Deus num elemento qualquer de bondade.
Há outros recursos. Quando surge a oportunidade de derrotar o teu inimigo, decides não o fazer por querer amá-lo. Para SS, pessoa forte é aquela dotada de fé profunda e moralidade inquestionável, capaz de quebrar um suceder de confrontos intermináveis de opressões e revides, infiltrando dentro da própria estrutura do universo o amor imbatível.

(119 AL)
Particularmente na vida familiar, o amor deve reinar soberano, não dando vez a sentimentos mesquinhos, ressentimentos perniciosos e, o que é pior, desejos de vingança. É exemplo admirável de legítimo amor quando a pessoa presta seu apoio, ainda que por intermédio de terceiros, se necessário, ao cônjuge, que no passado o rejeitou, em um momento de dificuldade financeira, de saúde ou outra qualquer tribulação.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat


quinta-feira, 15 de março de 2018

TEMA 42 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Confia
(114 AL)
Ao expressarmos a palavra confia, presume-se que o outro fale a verdade, não se suspeitando que esteja mentindo ou enganando; esta confiança básica é como se fosse a luz divina iluminando a escuridão no relacionamento das pessoas.

(115 AL)
Quando, entre os cônjuges, reina o clima de confiança recíproca, desenvolve-se um horizonte de longo alcance, onde se destaca uma sensação de liberdade altamente produtiva, propiciando não apenas a abertura ao mundo como também a novas experiências enriquecedoras do relacionamento. Além desse aspecto positivo, é também importante por evitar o encerramento do casal em um ambiente hermético e empobrecedor. Podemos estender esses conceitos à família; quando há confiança plena de carinho e amor, independentemente dos fatos e ocorrências existentes, o ambiente torna-se favorável à abertura e florescimento da verdadeira identidade de seus membros.
Se, pelo contrário, reina a desconfiança, se suspeitam dele, se não o amam, então preferirá guardar os seus segredos, quedas e fraquezas e jamais o clima será de bem-estar prazeroso.

Espera
(116 AL)
É importante não se perder de vista o que estamos fazendo: analisando a qualidade do nosso relacionamento com o outro, segundo a caridade. Assim, o título do parágrafo sugere a esperança, a expectativa de um futuro melhor, porque o presente deixa a desejar. Amadurecerá? Alguma qualidade oculta surgirá? O comportamento atual justifica a esperança? Lembremo-nos sempre que os acontecimentos não ocorrem como pensamos e talvez Deus esteja escrevendo certo com linhas tortas e saberá tirar proveito das causas de nosso pessimismo.

(117 AL)
Para superar o sentido eivado de derrotismo no parágrafo anterior, SS recorre à luz sobrenatural da fé após a morte. No céu não mais existirão fraquezas, trevas e patologias àquela pessoa, pois seu verdadeiro ser resplandecerá com toda a sua potência de bem e beleza e manteremos, à luz da esperança, a plenitude não sentida na Terra, mas possível no Reino celeste eterno.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

sábado, 10 de março de 2018

TEMA 41 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Alegrar-se com os outros
(109 AL)
Rejubilar-se com a verdade. Alegrar-se com o bem do outro é uma atitude positiva quando se reconhece a sua dignidade, quando se aprecia as suas qualidades e as suas boas obras. Infelizmente, porém, pode acontecer de estar arraigada, no segredo do coração de certas pessoas, a alegria ao ver alguém alvo de injustiça, assim como há pessoas sempre se comparando com o outro, com o desejo de competir, inclusive com o próprio cônjuge, até o ponto de se alegrar secretamente com o seu fracasso.

(110 AL)
Deus aprecia de modo especial quem se alegra com a felicidade do outro, quer quando pode fazer algo de bom pelo outro ou quando vê que a vida do outro está indo bem. Afinal, Deus ama quem dá com alegria (2Cor 9,7). Se, porém, nos concentramos sobretudo nas nossas limitações e necessidades, não poderemos desfrutar daquela alegria, pois há mais felicidade em dar do que em receber (At 20,35). É uma fonte permanente de felicidade para os cônjuges e também para a família quando habitualmente se alegram com o sucesso dos seus membros.

Tudo desculpa

(111 AL)
SS vê que o conceito acima tem abrangência ampla, podendo significar tudo crê, tudo espera, tudo suporta. E qual é o esteio de todas essas atitudes? É o amor, sempre presente, pronto para defesa em qualquer situação.

(112 AL)
Tudo desculpa pode significar guardar silêncio a propósito de qualquer mal que possa haver em outra pessoa, não alimentando um juízo severo e muito menos uma sentença condenatória. Devemos ter sempre presente um outro aspecto: o da difamação. É uma grave ofensa a Deus quando afeta seriamente a boa fama, causando danos de difícil reparação. A Palavra de Deus é sempre no sentido do amor quando afirma não julgueis e não serás julgado (Lu 6,37) ou não faleis mal dos outros irmãos (Tg 4,11). Aliás, o amor pode levar a extremos ao defender a boa fama dos inimigos.

(113 AL)
Versa sobre a aplicação prática no convívio dos cônjuges que se amam e se pertencem. Procuramos mostrar mais seu lado bom do que as suas fraquezas e erros. É oportuno esclarecer que não se trata de ficar à mercê da ingenuidade de quem pretenderia não ver as dificuldades e erros dos outros, mas o que é importante é ponderá-los no contexto, observando se tais fraquezas são apenas parte e não a totalidade. O outro não é apenas o que nos incomoda; é muito mais do que isso, pois cada um de nós tem seus limites e não podemos exigir perfeição até porque também não somos perfeitos. Encerramos com o fecho lapidar: o amor convive com a imperfeição, desculpa-a e sabe guardar silêncio perante os limites do seu amado.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

sábado, 3 de março de 2018

TEMA 40 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

(104 AL)
Dando continuidade. Uma coisa é sentir a força da agressividade que surge quando somos contrariados e outra é consentir nela, o que se torna atitude permanente. SS aconselha: nunca permitir que o dia termine sem fazer as pazes na família. E como proceder? Alguma decisão heroica? Não, às vezes um simples carinho sem palavras. Se tivermos de lutar contra o mal, a recomendação é abençoar de coração o causador, pedindo a Deus que o liberte e cure.

Perdão
(105 AL)
Quando alguém comete um erro ou cai, pode ocorrer um mau sentimento e podemos dar lugar para ele no nosso coração: é o ressentimento. Contrariamente a essa posição, podemos assumir uma atitude positiva, procurando compreender a fraqueza alheia e encontrar desculpas de modo a aliviar a ofensa: é o perdão. Quando ocorre o fato entre cônjuges, é preciso calma mais do que nunca para evitar a danificação do vínculo de amor e a estabilidade familiar. É preciso preliminarmente discernir sua gravidade, com o risco de tornar-se cruel perante qualquer erro do outro; além do mais, é preciso acautelar-se para que a justa reivindicação dos próprios direitos, visando apenas a defesa da própria dignidade, se transforme numa perversa sede de vingança.

(106 AL)
Para superarmos uma fase crítica, isto é, com uma duração maior que aquela que pode ocorrer com mais frequência, sugerimos que se recordem desde os primeiros encontros do casal (como visto nos TEMAS 32 até o 36), quando se propuseram decisões para vencerem-se as dificuldades que possivelmente seriam encontradas pelos casais. Naquelas ocasiões, os sucessos pareceriam mais fáceis de serem obtidos, porque a generosa disponibilidade à compreensão, à tolerância, ao perdão, à reconciliação ainda estava viva. Com o tempo, pode ocorrer o desgaste, o que é natural, do clima familiar e as soluções ficam mais difíceis, podendo até degenerar em egoísmo, tensões, conflitos, levando a triste desfecho.

(107 AL)
É preciso que saibamos conviver com os olhares críticos aos nossos erros, por pessoas que amamos, e que nos fazem perder o amor próprio. É uma experiência libertadora. Culpar os outros pode apenas nos dar um falso alívio, mas não é solução. O ato de perdoar é complexo, dependendo que antes aprendamos a nos perdoar a nós mesmos para que possamos ter essa mesma atitude com os outros.

(108 AL)
Vejamos o perdão sob o ângulo da Teologia. Somos sempre perdoados por Deus, infinitamente misericordioso, desde que obviamente reconheçamos nossas faltas. Se aceitamos que o amor de Deus é incondicional e gratuito, sem qualquer mérito nosso, então poderemos amá-Lo e perdoar os outros ainda que eles tenham sido injustos para conosco. A meditação das famílias, principalmente pelos cônjuges, não só alimenta momentos de alegria e amor como afasta sentimentos adversos.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

sexta-feira, 2 de março de 2018

TEMA 39 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

Amabilidade
(99 AL)
A nota dominante do parágrafo é amar e, em decorrência, tornamo-nos amáveis. Quando amamos, não fazemos de modo duro, nem no trato, nem nas palavras ásperas, nem com gestos rígidos, mas procuramos ser agradáveis.
SS lembra que o cristão ser amável não é um estilo de vida a ser aceito ou rejeitado, mas integra o seu perfil, pois, como disse São Tomás de Aquino (Summa A Teologiæ), todo ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam. Ou como SS diz (Catequese): Quanto mais íntimo e profundo for o amor, tanto mais exigirá o respeito pela liberdade e a capacidade de esperar que o outro abra a porta do seu coração.

(100 AL)
Um olhar humano passado ao outro predispõe para um verdadeiro encontro e faz com que observemos mais os limites do outro, fortalecendo a tolerância e unindo-nos em um projeto comum, apesar de sermos diferentes. Uma pessoa antissocial julga que os outros existem para satisfação de suas necessidades e, quando o fazem, agem apenas como se este fosse o seu dever. Este ambiente impossibilitaria a linguagem do amor. Esta se manifesta com palavras de conforto, de consolo, que fortalecem e estimulam. Inúmeras passagens do Evangelho revelam a atitude amorosa de Jesus.

Desprendimento
(101 AL)
Frequentemente, ouve-se dizer que para amar os outros é preciso primeiro amar a si próprio. Esta atitude, entretanto, não é cristã, como se lê em diversas passagens da Sagrada Escritura. O próprio hino à caridade lembra que o amor não procura o que é seu. Certa prioridade do amor a si mesmo só se pode entender como uma condição psicológica, pois uma pessoa que seja incapaz de amar a si mesma sente dificuldade em amar os outros: Quem é mau para si, para quem será bom? (...) Quem tem inveja de si mesmo, ninguém é pior do que ele (Eclo 14, 5-6). Interpretamos esta citação como uma manifestação de narcisismo.

(102 AL)
São Tomás de Aquino resume na qualidade da caridade (cristã, obviamente) ser mais próprio querer amar do querer ser amado. O Evangelho é rico em passagens desta natureza, como por exemplo em Mateus (10,0-8): De graça recebestes, de graça devereis dar, e o extremo de gratuidade de amor encontramos na Paixão, quando Jesus diz que prova maior não há do que dar a vida pelo irmão (Jo 15,14).

Sem violência interior
(103 AL)
Diz respeito a uma reação interior de indignação provocada por alguma fraqueza ou erro dos outros; nada traz de proveitos, pelo contrário, é até pernicioso para o equilíbrio emocional. A indignação pode ser adequada, por exemplo, quando ocorre uma grave injustiça.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

TEMA 38 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

(95 AL) Curando a inveja
A inveja é um sentimento que provoca desgosto ou tristeza pelo bem alheio. Leva-nos a não nos interessarmos pela felicidade dos outros, nem pelo seu sucesso, que destilam um sabor amargo.
Como curá-la? Somente o amor é o remédio, pois é o que desperta um sentir oposto ao da inveja. O que SS recomenda é que se aceite que os caminhos sejam distintos e os dons de cada um sejam diversos. Para sermos felizes, viva cada um o seu próprio.

(96 AL)
A inveja é tão antiga quanto o ser humano (decaído). Lembramo-nos do que nos é mandado em um dos mais remotos livros do Antigo Testamento (Êxodo 20,17): Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem sua mulher, nem seu escravo... nem coisa alguma que lhe pertença.
Devemos olhar o outro com o sentimento sincero de que tem direito à felicidade e possa usufruir de um bom momento. Leva-nos até a uma atitude diferente, rejeitando injustiças cometidas contra aqueles que sofrem por não lhes terem dado o mínimo necessário.

Sem ser arrogante nem ser orgulhoso

(97 AL)
O objetivo do parágrafo é destacar o comportamento daqueles que se consideram maior e valorizam as próprias qualidades, julgam-se grandes porque sabem mais do que os outros e julgam-se mais espirituais ou sábios, mas cuidado, pois a ciência incha. Paulo critica muito aqueles que se encheram de presunção, mas na realidade têm mais palavreado do que verdadeiro poder de Espírito (1 Cor 4, 18-19).
            Como curar toda essa arrogância? Só há um remédio: o amor. Quem ama evita falar de si mesmo, discretamente se mantém em seu lugar, sem pretender ocupar o centro. O que nos faz grandes é o amor que compreende, cuida, está atento aos fracos. Na realidade, é o amor que constrói (1 Cor 8,1).

(98 AL)
SS aplica na vida conjugal dos cristãos e, por extensão, na vida familiar, as orientações expostas no parágrafo anterior. Frequentemente, o grau de conhecimento religioso não é igual entre seus membros.  Cuidado com a arrogância ou demonstração de superioridade, porque por vezes se tornam insuportáveis e acabam com o amor. SS lembra o conselho: Revesti-vos todos da humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá Sua força aos humildes (1 Pedro, 5,5).

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

quinta-feira, 1 de março de 2018

TEMA 37 - AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

(90 AL) Inicia SS com o Hino à Caridade escrito por São Paulo. Por questão didática, transcrevemos integralmente o famoso hino:
O amor é paciente,
é benfazejo;
não é invejoso,
não é presunçoso nem se incha de orgulho;
não faz nada de vergonhoso,
não é interesseiro,
não se encoleriza.
Nem leva em conta o mal sofrido;
não se alegra com a injustiça,
mas fica alegre com a verdade.
Ele desculpa tudo,
crê tudo,
espera tudo,
suporta tudo. (1Cor 13,4-7).

            A abordagem que o Papa Francisco apresenta logo após a transcrição do Hino à Caridade é muito oportuna; além do seu conteúdo convidando ao exercício das virtudes (sobrenaturais), objeto da teologia, contém aspectos práticos propondo a prática de hábitos (naturais) ao alcance da psicologia, tendo em vista sua aplicação na vida concreta diuturna partilhada pelos esposos entre si e com os filhos.
            Aliás, esta dupla finalidade acompanha o magistério tradicional, como vimos anteriormente no TEMA 13, quando repetiu-se (Concílio de Trento) a finalidade da graça sacramental:
- Aperfeiçoar o amor natural
- Confirmar a unidade indissolúvel
- Santificar os cônjuges
            Vejamos então o que diz SS.

Paciência
A origem divina da paciência (91 AL)
            O sentido divino encontra-se na tradução grega do texto do Antigo Testamento, onde se diz que Deus é lento para a ira (Ex 34,6). ... Deus misericordioso é clemente, paciente, rico em bondade e fiel, que conserva a misericórdia por mil gerações...
            Ou como Oséas (11,9): Não me deixarei levar pelo calor de minha ira. Não destruirei Efraim! Eu sou Deus, não um ser humano. Sou o Santo no meio de ti.
            A paciência é uma qualidade do Deus da Aliança, que convida a imitá-Lo também na vida familiar. É interessante que, ao mesmo tempo em que se louva a moderação de Deus para dar tempo ao arrependimento, se insiste no seu poder manifestado quando atua com misericórdia. A paciência de Deus é exercício de sua misericórdia.

(92 AL) Aceitar o outro
            Quando pensamos que as relações interpessoais sejam sempre românticas, ou que as pessoas sejam perfeitas, ou que nossa vontade deva sempre prevalecer, então a situação torna-se problemática e surge a desavença. Se, pelo contrário, agirmos com paciência, reconhecendo que o outro assim como é, se é inoportuno, se altera os nossos planos, se discorda de nossas ideias, se age de modo diferente de quanto desejaríamos, também tem direito a viver conosco. O amor ao próximo leva-nos a aceitar o outro como parte deste mundo, observando-se, porém, que tal atitude não deve ser de tolerância, que sempre carrega um toque pejorativo.

(93/94 AL) Atitude de serviço
            Paulo pretende esclarecer que a paciência não é uma postura totalmente passiva, mas há de ser acompanhada por uma atividade dinâmica e criativa perante os outros. Insiste que o amor não é apenas um sentimento. Lembra-se SS do que disse Santo Inácio de Loyola: O amor deve ser colocado mais nas obras do que nas palavras e assim mostrar uma fecundidade sem medida.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

TEMA 36 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação

Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano 

7.     O cotidiano algum tempo depois 
                        Ajuda mútua
É importante. Um jornalista que entrevistava o Papa Bento XVI, ainda quando Cardeal, assim perguntou a Sua Eminência: “Aquele que vive livremente de acordo com a moral sexual católica está imunizado contra essas tentações?”.
Conhecedor experiente das dificuldades da vivência do casamento monogâmico indissolúvel, assim respondeu: “Analisando o homem em seu todo, explicamos o porque da frase (na pergunta anterior): Isso não se pode dizer. Estamos em permanente peregrinação à busca da vida eterna como prêmio ao esforço despendido, mas nunca suficiente para a conquista definitiva, porque os obstáculos e tentações não cessam de surgir no caminho. Nossa liberdade é permanentemente desafiada. E, nesses termos, concluímos nosso modo de ver: Mas penso que alguém que realmente se encontra numa comunidade de fé viva, na qual as pessoas se apoiam mutuamente, na qual através desse apoio mútuo se chega a um encorajamento, também pode viver bem o próprio matrimônio.”
E onde encontrar essa ajuda mútua?
Nós, Idalina e Fernando, casados há 65 anos (1951) e pertencendo às ENS há quase 60 anos (1958), diríamos com toda a nossa convicção que encontramos essa ajuda mútua nesse Movimento. Como nossos leitores pertencem igualmente, em sua grande maioria, à mesma entidade, parece-nos oportuno repetir a sua origem e finalidade.
Em 1939, na França, portanto no início da Segunda Guerra Mundial, quando desabava na Europa os horrores de uma guerra prevista pelos mais experientes, alguns casais formaram uma pequena comunidade que se dispunham a procurar a perfeição cristã. O Pe. Henri Caffarel, convidado pelos casais, aceitou o desafio. Era o início das “Equipes de Nossa Senhora”.
Anos mais tarde, em 1987, refletindo sobre os primeiros anos do Movimento, dizia o Pe. Caffarel: “... pareceu-nos ser necessário, custasse o que custasse, elaborar uma perfeição cristã para casais cristãos, porque era evidente que o ensinamento corrente da Igreja e dos padres para os homens e mulheres que queriam aperfeiçoar seu matrimônio era uma perfeição elaborada por monges e religiosos. Havia, portanto, uma descoberta a ser feita, pois, do contrário, estariam condenados a um impasse: os casais jamais iriam longe no caminho da perfeição, se continuassem presos a uma perfeição de monges.”
           
Conforme o que dissemos na abertura do TEMA 32, repetindo o que SS já lembrava no parágrafo anterior (89 AL), não poderemos encorajar um caminho de fidelidade e doação recíproca se não estimularmos o crescimento, a consolidação e o aprofundamento conjugal e familiar.
Para atender a essa orientação, o que nos pareceu mais oportuno foi recordar situações já vividas pelos leitores - o que fizemos nos itens 1 a 7 do que designamos por ANTECEDENTES -, donde resultaria suficiente maturidade para aprofundarmos os ensinamentos de SS nos parágrafos 90 AL e seguintes.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat