Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano
(104 AL)
Dando
continuidade. Uma coisa é sentir a força da agressividade que surge quando
somos contrariados e outra é consentir nela, o que se torna atitude permanente.
SS aconselha: nunca permitir que o dia
termine sem fazer as pazes na família. E como proceder? Alguma decisão
heroica? Não, às vezes um simples carinho sem palavras. Se tivermos de lutar
contra o mal, a recomendação é abençoar de coração o causador, pedindo a Deus
que o liberte e cure.
Perdão
(105 AL)
Quando
alguém comete um erro ou cai, pode ocorrer um mau sentimento e podemos dar
lugar para ele no nosso coração: é o ressentimento. Contrariamente a essa
posição, podemos assumir uma atitude positiva, procurando compreender a
fraqueza alheia e encontrar desculpas de modo a aliviar a ofensa: é o perdão. Quando
ocorre o fato entre cônjuges, é preciso calma mais do que nunca para evitar a
danificação do vínculo de amor e a estabilidade familiar. É preciso
preliminarmente discernir sua gravidade, com o risco de tornar-se cruel perante
qualquer erro do outro; além do mais, é preciso acautelar-se para que a justa
reivindicação dos próprios direitos, visando apenas a defesa da própria
dignidade, se transforme numa perversa sede de vingança.
(106 AL)
Para
superarmos uma fase crítica, isto é, com uma duração maior que aquela que pode
ocorrer com mais frequência, sugerimos que se recordem desde os primeiros
encontros do casal (como visto nos TEMAS 32 até o 36), quando se propuseram
decisões para vencerem-se as dificuldades que possivelmente seriam encontradas
pelos casais. Naquelas ocasiões, os sucessos pareceriam mais fáceis de serem
obtidos, porque a generosa disponibilidade à compreensão, à tolerância, ao
perdão, à reconciliação ainda estava viva. Com o tempo, pode ocorrer o
desgaste, o que é natural, do clima familiar e as soluções ficam mais difíceis,
podendo até degenerar em egoísmo, tensões, conflitos, levando a triste
desfecho.
(107 AL)
É
preciso que saibamos conviver com os olhares críticos aos nossos erros, por
pessoas que amamos, e que nos fazem perder o amor próprio. É uma experiência
libertadora. Culpar os outros pode apenas nos dar um falso alívio, mas não é
solução. O ato de perdoar é complexo, dependendo que antes aprendamos a nos perdoar a nós mesmos para que possamos ter
essa mesma atitude com os outros.
(108 AL)
Vejamos
o perdão sob o ângulo da Teologia. Somos sempre perdoados por Deus,
infinitamente misericordioso, desde que obviamente reconheçamos nossas faltas.
Se aceitamos que o amor de Deus é incondicional e gratuito, sem qualquer mérito
nosso, então poderemos amá-Lo e perdoar os outros ainda que eles tenham sido
injustos para conosco. A meditação das famílias, principalmente pelos cônjuges,
não só alimenta momentos de alegria e amor como afasta sentimentos adversos.
Agradecendo
a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)
Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte
Serrat
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