Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano
Amabilidade
(99 AL)
A nota
dominante do parágrafo é amar e, em decorrência, tornamo-nos amáveis. Quando
amamos, não fazemos de modo duro, nem no trato, nem nas palavras ásperas, nem
com gestos rígidos, mas procuramos ser agradáveis.
SS
lembra que o cristão ser amável não é um estilo de vida a ser aceito ou
rejeitado, mas integra o seu perfil, pois, como disse São Tomás de Aquino
(Summa A Teologiæ), todo ser humano está
obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam. Ou como SS diz
(Catequese): Quanto mais íntimo e
profundo for o amor, tanto mais exigirá o respeito pela liberdade e a
capacidade de esperar que o outro abra a porta do seu coração.
(100 AL)
Um
olhar humano passado ao outro predispõe para um verdadeiro encontro e faz com
que observemos mais os limites do outro, fortalecendo a tolerância e unindo-nos
em um projeto comum, apesar de sermos diferentes. Uma pessoa antissocial julga
que os outros existem para satisfação de suas necessidades e, quando o fazem, agem
apenas como se este fosse o seu dever. Este ambiente impossibilitaria a
linguagem do amor. Esta se manifesta com palavras de conforto, de consolo, que
fortalecem e estimulam. Inúmeras passagens do Evangelho revelam a atitude
amorosa de Jesus.
Desprendimento
(101 AL)
Frequentemente,
ouve-se dizer que para amar os outros é
preciso primeiro amar a si próprio. Esta atitude, entretanto, não é cristã,
como se lê em diversas passagens da Sagrada Escritura. O próprio hino à caridade lembra que o amor não procura o que é seu. Certa
prioridade do amor a si mesmo só se pode entender como uma condição
psicológica, pois uma pessoa que seja incapaz de amar a si mesma sente
dificuldade em amar os outros: Quem é mau
para si, para quem será bom? (...) Quem tem inveja de si mesmo, ninguém é pior
do que ele (Eclo 14, 5-6). Interpretamos esta citação como uma manifestação
de narcisismo.
(102 AL)
São
Tomás de Aquino resume na qualidade da caridade (cristã, obviamente) ser mais próprio querer amar do querer ser
amado. O Evangelho é rico em passagens desta natureza, como por exemplo em
Mateus (10,0-8): De graça recebestes, de
graça devereis dar, e o extremo de gratuidade de amor encontramos na
Paixão, quando Jesus diz que prova maior
não há do que dar a vida pelo irmão (Jo 15,14).
Sem violência interior
(103 AL)
Diz respeito a uma
reação interior de indignação provocada por alguma fraqueza ou erro dos outros;
nada traz de proveitos, pelo contrário, é até pernicioso para o equilíbrio
emocional. A indignação pode ser adequada, por exemplo, quando ocorre uma grave
injustiça.
Agradecendo
a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)
Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte
Serrat
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