COMPROMISSOS DO SETOR

quinta-feira, 1 de março de 2018

TEMA 37 - AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano

(90 AL) Inicia SS com o Hino à Caridade escrito por São Paulo. Por questão didática, transcrevemos integralmente o famoso hino:
O amor é paciente,
é benfazejo;
não é invejoso,
não é presunçoso nem se incha de orgulho;
não faz nada de vergonhoso,
não é interesseiro,
não se encoleriza.
Nem leva em conta o mal sofrido;
não se alegra com a injustiça,
mas fica alegre com a verdade.
Ele desculpa tudo,
crê tudo,
espera tudo,
suporta tudo. (1Cor 13,4-7).

            A abordagem que o Papa Francisco apresenta logo após a transcrição do Hino à Caridade é muito oportuna; além do seu conteúdo convidando ao exercício das virtudes (sobrenaturais), objeto da teologia, contém aspectos práticos propondo a prática de hábitos (naturais) ao alcance da psicologia, tendo em vista sua aplicação na vida concreta diuturna partilhada pelos esposos entre si e com os filhos.
            Aliás, esta dupla finalidade acompanha o magistério tradicional, como vimos anteriormente no TEMA 13, quando repetiu-se (Concílio de Trento) a finalidade da graça sacramental:
- Aperfeiçoar o amor natural
- Confirmar a unidade indissolúvel
- Santificar os cônjuges
            Vejamos então o que diz SS.

Paciência
A origem divina da paciência (91 AL)
            O sentido divino encontra-se na tradução grega do texto do Antigo Testamento, onde se diz que Deus é lento para a ira (Ex 34,6). ... Deus misericordioso é clemente, paciente, rico em bondade e fiel, que conserva a misericórdia por mil gerações...
            Ou como Oséas (11,9): Não me deixarei levar pelo calor de minha ira. Não destruirei Efraim! Eu sou Deus, não um ser humano. Sou o Santo no meio de ti.
            A paciência é uma qualidade do Deus da Aliança, que convida a imitá-Lo também na vida familiar. É interessante que, ao mesmo tempo em que se louva a moderação de Deus para dar tempo ao arrependimento, se insiste no seu poder manifestado quando atua com misericórdia. A paciência de Deus é exercício de sua misericórdia.

(92 AL) Aceitar o outro
            Quando pensamos que as relações interpessoais sejam sempre românticas, ou que as pessoas sejam perfeitas, ou que nossa vontade deva sempre prevalecer, então a situação torna-se problemática e surge a desavença. Se, pelo contrário, agirmos com paciência, reconhecendo que o outro assim como é, se é inoportuno, se altera os nossos planos, se discorda de nossas ideias, se age de modo diferente de quanto desejaríamos, também tem direito a viver conosco. O amor ao próximo leva-nos a aceitar o outro como parte deste mundo, observando-se, porém, que tal atitude não deve ser de tolerância, que sempre carrega um toque pejorativo.

(93/94 AL) Atitude de serviço
            Paulo pretende esclarecer que a paciência não é uma postura totalmente passiva, mas há de ser acompanhada por uma atividade dinâmica e criativa perante os outros. Insiste que o amor não é apenas um sentimento. Lembra-se SS do que disse Santo Inácio de Loyola: O amor deve ser colocado mais nas obras do que nas palavras e assim mostrar uma fecundidade sem medida.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

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