COMPROMISSOS DO SETOR

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

TEMA 35 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)

Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano (Continuação)

6.     O retorno ao cotidiano
O casal cai na realidade. A vida em comum vai exigir adaptações mútuas, com renúncias e sacrifícios nos detalhes, porque os valores essenciais e insubstituíveis  supomos já aceitos reciprocamente na fase de namoro sério e responsável por ambos.
Nos primeiros dias tudo é novidade e entusiasmo pelo novo modelo de vida procurada e aceita. É o momento em que a sensibilidade dos dois desperta, podendo ser, como é fácil de entender, favorável ou não no ajustamento dos hábitos, por vezes bem íntimos. A expressão do rosto pode revelar se se deve continuar ou alterar o proposto para permanecer a harmonia nas decisões. O bom humor refletido no sorriso fácil atesta o êxito na escolha que ambos fizeram no namoro.
A necessária adaptação projeta-se em todas os momentos, inclusive na atividade sexual. Tudo tem o seu interesse, mas o sexo tem sua dominância, não há como negar. Por este motivo, deve ser tratado com redobrada atenção para reforçar as diretrizes corretas, evitando os erros, por vezes, com danosas consequências. Pareceu-nos apropriado nesta oportunidade de recomendar a releitura do TEMA 23 anterior. Vale a pena!

7.     O cotidiano algum tempo depois
Seria ridículo pretender que o estado de ânimo dos primeiros tempos, alguns até com traços de euforia, se prolongassem para sempre. As atividades vão se repetindo. Há um desgaste natural, arrefecendo o impulso inicial. Surge o inimigo número um da vida conjugal: a rotina.
A rotina
A primeira arma lembrada, posta no embate, é a criatividade; ela, porém, é exigente, dependendo de pensar e querer vencer a rotina, alterando o que for possível: a aparência, os horários, a sequência, a duração e outros requisitos propostos por iniciativa de ambos. Será suficiente? Infelizmente, não. E, então, o que se sugere?

            Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

TEMA 34 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano (Continuação)

4.                 A festa de casamento
Desde priscas eras, o casamento entre os povos é sempre comemorado com exultantes manifestações, onde a alegria e o júbilo dominam todos os momentos dos festejos. Os hebreus já o fazem desde longa data, quando se conscientizaram que o casamento tem um significado profundo, pois traz mensagem de nova vida e, portanto, da sucessão das gerações.
As bodas bíblicas em Caná da Galiléia se enriqueceram com a presença de Jesus, seus discípulos e de Nossa Senhora, propiciando o primeiro milagre da transformação da água em vinho, que naquela festa nupcial seria indispensável para o seu prosseguimento. Tem ainda outro aspecto a considerar: a presença de pessoas tão importantes constitui a aprovação tácita de Deus por eventos de tal natureza.
Com relação aos festejos nos dias de hoje, não podemos deixar de lembrar os abusos e exageros frequentemente realizados, constituindo mesmo verdadeira “indústria do casamento”. Introduzem-se hábitos totalmente dispensáveis, de mera repercussão social, mas apresentados como integrantes do ritual de casamento, embora sem nenhum valor religioso. A título de exemplo, é frequente ver o mestre de cerimonial do buffet contratado exigir rigor na organização do cortejo nupcial, estabelecendo as posições dos padrinhos e madrinhas, damas de honra e pajens como integrantes de um protocolo existente apenas em seus próprios programas, totalmente desvinculados do ritual religioso.

5.                 A “lua de mel”
Nos primeiros dias de convivência íntima, a atividade sexual domina. A natureza se encarrega de desmistificar constrangimentos. O amor, na sua expressão erótica mais exacerbada, conduz o comportamento, sem prejuízo, entretanto, do respeito mútuo, sempre presente e, aliás, assim deve ser por toda a vida do casal, conduzindo os limites.
As viagens curtas ou longas, conforme as possibilidades de tempo e recursos financeiros, oferecem inúmeras oportunidades de desfrute destes momentos felizes, onde tudo parece mais leve, como que imitando a vivacidade do casal. A contemplação da Natureza, com sua singela harmonia, propicia uma mensagem de entendimento e união, capaz de sensibilizar àqueles que sonham com um futuro compartilhado.
Tudo é satisfação e contentamento: são os passeios, as paisagens, o desfilar de modas excêntricas, de costumes estranhos, de ruas e lojas diferentes, enfim... reinam a alegria e o bem-estar, frutos do estado de espírito de ambos.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)


Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat
Santos (SP)

sábado, 24 de fevereiro de 2018

TEMA 33 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano (Continuação)

3.     O casamento - A visão sacramental
            Numa época em que muitos noivos dispensam o casamento religioso e se satisfazem com o casamento civil, vamos insistir no valor profundo do sacramento religioso. Dada a sua importância, este assunto foi abordado detalhadamente nos TEMAS 11, 12 e 13, cuja recordação sugerimos nesta oportunidade.
            Por esta razão, para não perdermos o nosso objetivo atual, citaremos a matéria sacramental apenas em seus pontos essenciais. Por questão didática, recordamos a definição aprendida na catequese da Primeira Comunhão: sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça instituídos por Cristo. Sinal sensível é sempre alguma coisa que se pode ver, ouvir ou tocar. Nas religiões, o sinal sensível carrega o significado para nos levar para o mundo insensível, além das aparências, da capacidade humana limitada pelos seus sentidos, permitindo nos levar a um mundo mais alto, o da vida divina. Como aprendemos na catequese, para se ver além é preciso a luz da fé, infundida pelo Espírito Santo; é um dom gratuito que nos permite participar da vida divina.
            Qual o sinal que faz com que algo profundamente material e praticado pela humanidade desde as eras mais remotas tornou-se um sacramento? O sinal determinante desta aliança é, sem dúvida, a vontade dos noivos de juntarem suas vidas, fazendo das duas uma única, a do casal. Esta vontade mútua é manifestada em público pelo sim, que configura o estabelecimento da aliança, da entrega de um ao outro na mais íntima união possível de um homem e uma mulher. Enfatiza-se, nesta oportunidade, toda a profundidade de uma palavra tão curta e tão significativa como é o sim. Exprime uma capacidade apanágio do ser humano, criado “à imagem e semelhança de Deus”, o poder de amar. O sim significa amor.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

TEMA 32 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)


Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
O nosso Amor Cotidiano


ANTECEDENTES
 Pretendemos, neste nosso trabalho, estudar os ensinamentos de SS Santidade para depois transmiti-los aos nossos leitores, de conformidade com o nosso modo de ver. No parágrafo anterior (89 AL), foram feitas as seguintes colocações: não poderemos encorajar um caminho de fidelidade e doação recíproca se não estimularmos o crescimento, a consolidação e o aprofundamento conjugal e familiar.
 Seguindo esta orientação, introduzimos, a título de ANTECEDENTES, a recordação de fatos já vividos pelos leitores ou, nas generalidades dos casos, que poderão ser vividos por outros interessados.

1.     O namoro
Já paramos para pensar como surge um casal? O nosso próprio?
Pensamos no primeiro instante que até podemos enumerar as causas imediatas, provavelmente de natureza física: o olhar, o falar, o rosto, a postura, o andar... Podemos até citar um sem fim de motivos pelos quais nos decidimos pela(o) nossa(o) namorada(o).
No caso presente, estamos admitindo que ambos estejam interessados em tomar, em futuro próximo ou remoto, uma decisão relevante muito importante, talvez perene, da continuidade do relacionamento. É preciso que se conheçam melhor. Não deve haver açodamento. Se se perceber não ser razoável a relação, é recomendável não insistir sob pena de se exporem a um previsível fracasso que trará consequências dolorosas.
Deve-se atentar que a fase é passível de deslumbramento, que leva a procurar esconder ou relativizar muitas coisas, ou protelar a solução de dificuldades, deixando-as para depois.
É a época para se indagar reciprocamente o que cada um espera de eventual matrimônio, a sua maneira de entender o que é o amor e o seu compromisso, o tipo de vida em comum que se quer projetar, dentro dos recursos financeiros disponíveis de cada um. Ter presente que a simples atração mútua não é suficiente para sustentar uma união. Outros motivos poderão ser elencados e, às vezes, são intransponíveis e que poderão prejudicar o prosseguimento.
Admitindo-se que os obstáculos tenham sido superados, passemos para a próxima fase.


2.                 O noivado
  Com o horizonte clareado após uma fase de namoro bem preparada, o clima de intimidade criado permitirá uma pergunta muito séria pelas repercussões que advêm:
 Nome (com que se tratam habitualmente), quer se casar comigo? Declinando as palavras do juramento oficial, a resposta será obviamente Sim.
 Entendemos que o compromisso assumido no encontro, apesar de toda simplicidade, é o compromisso de duas vontades de se casarem, de viverem juntos um projeto futuro com todas as suas implicações e desafios.


Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)


Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat
Santos (SP)


sábado, 17 de fevereiro de 2018

TEMA 31 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR (continuação)

Capítulo IV: O AMOR NO MATRIMÔNIO
(89 AL) SS Francisco, demonstrando, como sempre, o pastor humano, mas realista, inicia dizendo da necessidade de falar do amor, antes de se tratar do Evangelho do Matrimônio e da Família. Não poderemos encorajar um caminho de fidelidade e doação recíproca, se não estimularmos o crescimento, a consolidação e o aprofundamento conjugal e familiar. De fato, a graça do Sacramento do Matrimônio destina-se, antes de tudo, “a aperfeiçoar o amor dos cônjuges”.
SS conclui com uma reflexão muito oportuna: mas a palavra “amor”, uma das mais usadas, muitas vezes aparece desfigurada. Com este ensinamento, SS nos remete para a Carta Encíclica Deus é Amor, de Bento XVI. Nesta oportunidade, lembramos aos nossos leitores que tal assunto foi por nós tratado no TEMA 3. Além do mais, nos enseja a rever alguns esclarecimentos sobre o amor em temas anteriores. Por exemplo, no TEMA 13, o Papa Paulo VI nos ensinou que o vínculo conjugal possui “as características normais do amor natural”. E o que é esse amor natural? O casal Esther Brito e Luiz Marcello foi muito feliz ao defini-lo como “aquele que leva um homem a unir-se a uma mulher e ela a ele, sejam eles católicos, budistas ou até mesmo ateus. É aquele que surge porque ele é macho e fêmea. É aquele que envolve completamente os dois, deitando suas raízes no somático e no psíquico, no erótico e no afetivo, no sensível e no intelectivo, em suma, nas profundezas do ser de um e do outro, como o Gênesis já declarara: “os dois serão uma só carne”.
Parece-nos também muito oportuno o que já foi dito no TEMA 12 sobre o amor e o Sacramento do Matrimônio. “Como cada um dos sete sacramentos, também o matrimônio é um sinal real da salvação, mas de modo próprio” (Fc 13). E qual é esse modo próprio? A resposta do cardeal Joseph Ratzinger, quando prefeito da Congregação para Defesa da Fé, atende ao indagado:
O matrimônio com tudo que supõe, amor e paixão, compromisso e fidelidade, corpo e espírito, sexo e eros... é assumido pelo próprio sacramento. Do mesmo modo que a Aliança fica vazia sem a criação, o ágape é desumano sem o eros. Assim, pois, eros e ágape fazem parte da essência do matrimônio e, por isso, à do próprio sacramento.
Para encerrarmos nossa regressão, lembramo-nos do que foi dito no TEMA 11. Então, qual o sinal que faz com que algo profundamente natural e praticado pela humanidade desde as eras mais remotas tornou-se um sacramento? O sinal determinante dessa aliança é, sem dúvida, a vontade dos noivos de juntarem suas vidas, fazendo das duas uma única, a do casal. Essa vontade mútua é manifestada, em público, pelo “sim” que configura o estabelecimento da aliança, da entrega de um ao outro, na mais íntima união possível de um homem e uma mulher. Enfatiza-se, nesta oportunidade, toda a profundidade de uma palavra tão curta e tão significativa como é o “sim”. Exprime uma capacidade apanágio do ser humano, criado “à imagem e semelhança de Deus”; o poder de amar. O sim significa amor.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat
Santos (SP)

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

TEMA 30 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


INTRODUÇÃO
Há mais de ano que aceitamos o convite formulado pelos Responsáveis do Setor B e da Região, respectivamente, para contribuirmos com o Movimento das Equipes – a que tanto devemos - com uma página mensal, discorrendo sobre nossa experiência de vida em decorrência da longevidade do casal (65 anos de matrimônio e 58 nas Equipes), cujo testemunho deveria fazê-lo presente. Há, porém, uma ressalva real que não podemos esquecer: a longevidade tem um preço. Quando fomos convidados à agradável tarefa, Fernando tinha 93 anos e hoje já se passou um ano... Tudo isso para dizer que tenham paciência conosco, se não atingirmos nosso objetivo.
Após este prólogo, prosseguimos em nosso compromisso consistente em ler e procurar descobrir toda a abundante riqueza de um dos mais recentes ensinamentos do nosso carismático Pastor, SS Francisco, mais que oportunos, sob o título “Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Lǣtitia – A Alegria do Amor”. Explica SS que, para sua elaboração, recebeu todas as preciosas contribuições dos dois Sínodos (2014 e 2015), contendo muitas preocupações legítimas e questões honestas e sinceras (AL 4), acrescentando outras considerações que possam orientar a reflexão, o diálogo, a práxis pastoral e, simultaneamente, ofereçam coragem, estímulo e ajuda às famílias na sua doação e nas suas dificuldades (AL 4).
Depois de esclarecer ter se inspirado na Sagrada Escritura para dar o tom adequado, teve o cuidado, porém, em manter o pé no chão (AL 6), considerando a situação atual das famílias envolvidas nas duras realidades do dia a dia. A complexidade da matéria exigiu a distribuição dos ensinamentos em capítulos de naturezas diversas: caminhos pastorais para a construção de famílias sólidas e fecundas segundo o plano de Deus; educação dos filhos; convite à misericórdia e ao discernimento pastoral perante situações frágeis; e finalmente breves linhas de espiritualidade familiar. Diante da variedade dos temas, SS não aconselha uma leitura geral apressada e que, possivelmente, os esposos se identifiquem mais com o quarto e quinto capítulo; os agentes de Pastoral, com o sexto; e que todos se sintam interpelados pelo oitavo (AL 7).
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando

Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

domingo, 11 de fevereiro de 2018

PÓS EACRE 2018

Sábado 03 de fevereiro de 2018, realizamos o Pós Eacre do setor Santos B, nas dependências do Convento do Carmo, onde foi apresentada a metodologia e o tema de trabalho deste ano.
Na ocasião foi apresentado o novo casal Ligação: Márcia e Luciano da ENS Rosário que ligará as ENS Carmo e Mãe de Jesus.
Encerramos o evento com a Missa de Encontro Mensal e o "SIM" dos casais novos.






















sábado, 10 de fevereiro de 2018

TEMA 29 – MENSAGEM AOS RECASADOS (Continuação)

10.            Essa solução (celibato) é ideal. Podemos esperá-la da parte de todos os separados ou divorciados? Creio que não. Tendo em vista as reflexões anteriores (ignorância – imaturidade), para muitos separados se abre um problema humano dramático. A sexualidade implantada pelo Criador nas pessoas humanas. A natureza pede o uso da função procriadora. A solidão psicológica torna-se pesada. O celibato passa a ser vivido autenticamente... (pg 33).
11.            Há, na realidade, diferença entre aqueles que sinceramente se esforçam para salvar o primeiro matrimônio e foram injustamente abandonados e aqueles que, por sua grave culpa, destruíram um matrimônio válido. (pg 33/34)
12.           Podem julgar que, diante de Deus, não se sentem capazes de assumir uma vida celibatária? E um novo matrimônio, levado adiante com madureza, seria a melhor solução compatível com sua condição humana? (pg 35)
13.      A misericórdia de Deus envolve também os recasados... O padre, na base, precisa transmitir a confiança nesse amor misericordioso para que as pessoas recasadas não se sintam... (pg36)
14.           Com firme confiança, ela (a Igreja) vê que, mesmo aqueles que se afastaram do mandamento do Senhor e vivem agora nesse estado, poderão obter de Deus a graça da conversão e da salvação a perseverarem na oração, na penitência e na caridade. (pg 37)
Obs.: A vivência madura do casamento supõe estes atos. (FGM)
15.           Outro pode ser íntegro no campo sexual, mas empedernido diante dos problemas sociais. Talvez a longa história do rigor moral aplicado ao sexto mandamento tenha colocado os pecados contra esse mandamento em destaque indevido. A permissividade moderna pode ser uma reação ao contrário. (pg 38)
16.           O padre que, na base, acompanha a caminhada espiritual dos fiéis é muito mais terapeuta e mistagogo (orientador religioso) do que juiz. Ajudará a cada um a formar autêntica e sinceramente a sua própria consciência, isto é, conduzi-lo à madureza cristã e a ser fiel aos ditames de sua consciência. Mais: ajudará a cada um, sempre de novo, a se “converter e crer na Boa Nova” (o Evangelho), crer na misericórdia do Pai e não angustiadamente debater-se e atormentar-se sempre de novo com a pergunta: “Estou em estado de pecado mortal?” (pg 39/40)
17.           Podem os católicos recasados chegarem a formar uma consciência tranquila, no sentido de não se sentirem em estado de permanente adultério? De se sentirem em paz com Deus ao terem assumido uma nova união como melhor solução – possível ao seu alcance na situação que os envolveu? (pg 40)
18.           Os divorciados, talvez com 30 anos, sentem que têm ainda uma longa vida diante de si. O impulso de “refazer a vida”, recasando, pode tornar-se irresistível. (pg 40)
19.           Mesmo considerando essa “normalização” como uma praga, o cuidado pastoral precisa acompanhar também os que caminham por tal estrada, objetivamente errada, mas subjetivamente escolhida como mal menor para se poder sobreviver com dignidade e sem desespero. (Papa João Paulo II). (pg 42)
20.           A Igreja, com efeito, instituída para conduzir à salvação todos os homens e sobretudo os batizados, não pode abandonar aqueles que, unidos pelo vínculo matrimonial sacramental, procuram passar a novas núpcias. (O negrito é nosso).

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)
           
Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat
Santos/SP


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

TEMA 28 – MENSAGEM AOS RECASADOS

Diante da questão dos recasados que aflige uma plêiade, cada vez mais numerosa de excelentes católicos, não podemos acompanhar insensíveis à situação dramática em que se encontram, atormentados com o peso de uma consciência desinformada. Chegam frequentemente às nossas mãos documentos reveladores da preocupação constante do magistério. É o caso do discurso de Sua Santidade o Papa João Paulo II aos Responsáveis Regionais do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, reunidos em Roma, em janeiro de 2003. Termina seu discurso lançando-nos um apelo que vem do mais profundo de seu coração: “No fim desta audiência, minha oração se dirige também aos casais em dificuldade. Que eles possam encontrar, no seu caminho, testemunhos da ternura e da misericórdia de Deus! Que reafirmar a minha proximidade espiritual com as pessoas separadas, divorciadas e divorciadas recasadas que, como batizadas, são chamadas, no respeito às regras da Igreja, a participar da vida cristã.”
            Situação de não menos constrangimento, sentida por dom Valfredo Tepe OFM, percebe-se em seu livro Católicos recasados (op 01)*, onde examina a questão sob diversos ângulos: reflexões exegéticas, reflexões sociológicas e psicológicas e reflexões pastorais. Depois de minuciosa leitura, consideramos útil apresentar suas reflexões sob a forma de súmulas. É o que fazemos a seguir, sendo que a notação (pg) é o número da página que se encontra a súmula em (op 01).
            É imprescindível que se tenha sempre presente, nas súmulas apresentadas a seguir, que a Igreja reconhece que “isto vale não só para os cristãos, mas para todos os homens de boa vontade em cujos corações a graça opera ocultamente”. (Gaudium et Spes, Concílio Vaticano II – 1,30).

SÚMULAS
1.    Quem sabe a nossa igreja também um dia aceitará o segundo matrimônio como o faz a Igreja Ortodoxa. Lá também não age o Espírito Santo? Lá não existem excelentes teólogos e homens de oração? (pg 12)
2.    A frase final do último Cânon do Direito Canônico ilumina não só a Pastoral como a própria legislação: “A salvação das almas na Igreja deve ser a lei suprema”. Cânon 1752 (pg 15)
3.    Mas os problemas dos recasados não são fatos isolados, e sim uma situação irregular permanente. Que Deus ama a todos eles, não tenho dúvidas. (pg 20)
4.    A mentalidade reinante tem apoiado os divorciados na sua segunda tentativa de criar um lar, em vez de perambularem soltos, solteiros ou “singles”, em aventuras episódicas amorosas ou sexuais. (pg 21)
5.    Até que ponto a ignorância religiosa e a imaturidade humana que provocam tantas separações não terão já invalidado o próprio ato do compromisso matrimonial? Há especialistas em direito canônico que pensam em 80% de nulidade. (pg 22)
6.    A não admissão do monge de Taizé à mesa eucarística numa missa católica não inclui, no entanto, nenhum julgamento sobre a sua dignidade humana nem sobre a condição cristã de sua consciência diante de Deus.
Não estaria aí uma pista para apreciar pastoralmente a situação de católicos recasados diante da Eucaristia? (pg 27)
7.                Matrimônio válido irreparavelmente fraturado é difícil, senão impossível, enquadrar em legislação generalizante toda a dramaticidade humana envolvida nessas palavras! O papa recorre não a leis, à misericórdia dos pastores e de todos os cristãos diante de tais situações: “Exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a ajudarem os divorciados, promovendo...” (pg 30)
8.      Referindo-se a Jesus: Ele não se distancia da realidade humana, das pessoas reais e sofridas, para os recintos assépticos dos legisladores ou interpretadores da lei que vêm apenas “casos”, enquadrados na lei geral e não pessoas humanas em sua caminhada histórica. Prevenia os apóstolos contra a atitude legalista dos fariseus. (pg 31)
9.                Podia-se falar em “astúcia da natureza” quando ela atiça o fogo do Eros, a atração forte entre os sexos para garantir a continuação da espécie. A inundação do cérebro por anfetaminas está na base fisiológica da contínua exaltação do apaixonado. Em seguida, a presença forte de endorfinas no cérebro... (pg 29)
Esta reflexão continua no TEMA 29
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Idalina e Fernando
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat
Santos/SP


01 – “Católicos Recasados”, Dom Valfredo Tepe, OFM, Editora Vozes, 4ª Edição.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

EACRE 2018

Nos dias 27 e 28/02/18, os casais responsáveis das ENS Região Sul I, participaram do EACRE 2018. Agora as equipes de base receberão as orientações para organizar o calendário deste ano e continuar sua missão de ser luz para o mundo através da experiência de Espiritualidade Conjugal.