Capítulo II: A
REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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O texto aborda a questão do acolhimento pelas famílias de pessoas com
deficiência, não só pelo desafio inesperado que geram quando chegam, mas também
pelo modo como serão tratadas, pois transtornam os equilíbrios, os desejos, as
expectativas. O Sínodo (2014/2015) destaca com extrema argúcia vários aspectos
de suma importância, representada pelo advento de uma deficiência em um dos
membros de uma família. Passado o choque inicial, vem a pergunta: “Como
enfrentar o mistério de tal fragilidade?”. O cristão indagaria o que Deus
espera do seu comportamento. Certamente a aceitação com amor, por ser o
testemunho do dom da vida, seria de grande admiração pela Igreja e pela
sociedade. É também uma oportunidade de crescimento. A família que aceita com o
olhar da fé a presença de pessoas com deficiência está reconhecendo o valor de
cada vida, com as suas necessidades, seus direitos e suas oportunidades. SS
aproveita o tema da deficiência para compará-lo com o problema enfrentado pelos
migrantes. Em ambas as situações, encontra-se um sinal do Espírito, pois são
paradigmáticas quanto à lógica do acolhimento misericordioso, necessário à
integração de duas pessoas frágeis (migrantes e deficientes).
48AL
O parágrafo versa sobre a presença dos idosos no seio das famílias. Em
sua generalidade, os idosos são respeitados e acolhidos com afeto e até mesmo
considerados uma bênção.
- As associações e os movimentos familiares, que têm por objetivo a
assistência aos idosos sob o aspecto espiritual e social, recebem da Igreja um
profundo reconhecimento.
- Perante um mundo industrializado, onde ocorre o aumento do número de
idosos em oposição a uma natalidade decrescente, eles podem ser considerados um
peso, o que pode submeter os entes queridos a duras provas.
- Para afastar o pensamento do momento da morte, o recomendado seria
valorizar a etapa final da vida.
- Por vezes, o amparo do ancião, em sua fragilidade e dependência, é
indignamente levado por motivos financeiros.
- A existência humana, vista numa perspectiva ampla, compreenderia
também a fase final da vida e, por extensão, poderíamos até compará-la ao
mistério pascal (vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus).
- Não podemos esquecer das estruturas eclesiais destinadas ao amparo dos
idosos, garantindo-lhes um ambiente sereno e familiar, tanto no plano material
como no espiritual.
- Encerrando o parágrafo, SS afirma serem a eutanásia e o suicídio
assistido graves ameaças às famílias no mundo inteiro. A sua prática,
entretanto, é legalizada em muitos países. A Igreja contrasta firmemente esta
realidade, sentindo o dever de ajudar as famílias que se ocupam de seus membros
idosos e doentes.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “...
sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)
Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat
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