Capítulo II: A
REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
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O parágrafo versa sobre uma cultura que
leva as pessoas a não formarem uma família nos moldes cristãos por vários
motivos. Em alguns países, por exemplo, os jovens não escolhem o matrimônio
porque se sentiriam privados de possibilidades para o futuro, por vezes adiando
as núpcias por dificuldades econômicas, de trabalho ou de estudo. Há também
outras justificativas:
- influência das ideologias desvalorizadoras do matrimônio;
- experiência de fracassos de outros casais (risco que eles gostariam de
evitar);
- receio por considerarem a família como algo muito grande e sagrado;
- vantagens econômicas que derivam da convivência sem maior compromisso;
- medo de perder a liberdade e a autonomia;
- rejeição por ser algo mais institucional e burocrático.
Diante desse quadro, SS reconhece a
necessidade de encontrar palavras e testemunhos que atinjam os jovens em sua
capacidade generosa de amar, para que aceitem com entusiasmo e coragem o
desafio do matrimônio.
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De acordo com os Padres participantes
do Sínodo (2014 / 2015), há tendências culturais que favorecem uma afetividade
exagerada, narcisista, instável e mutável, prejudicando a maturidade das
pessoas. Existe uma preocupação com a difusão, favorecida pela distorção dos
meios de comunicação, inclusive a internet, de uma pornografia torpe, da
comercialização do corpo, chegando, por vezes, à prostituição. E neste
contexto, como se sentem os casais? Alguns permanecem inseguros e indecisos,
procurando com dificuldade a forma de como crescer. Outros se satisfazem com os
estágios iniciais da vida emocional e sexual. E quando o casal se
desestabiliza, partindo para as separações e para os divórcios, o que dizer?
Podem ocorrer sérias consequências, não apenas para os adultos, mas também para
os filhos e, por extensão, para a sociedade, com o enfraquecimento dos laços
sociais. Infelizmente, a solução dessas crises conjugais é, na generalidade dos
casos, apressada, sem paciência e sem averiguação das suas causas, dificultando
a reconciliação e o tão necessário perdão recíproco. Em decorrência, partem
para novas relações, novos casais, novas uniões, novos casamentos e novas
famílias com situações, por vezes de difícil entendimento para a visão cristã.
Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “...
sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)
Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat
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