COMPROMISSOS DO SETOR

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

TEMA 63 – AMORIS LÆTITIA (AL) – A ALEGRIA DO AMOR


Capítulo II: A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS
42AL
O parágrafo versa fundamentalmente sobre aspectos diversos da reprodução humana e suas consequências na demografia das populações. Atualmente, o ambiente reinante nas sociedades é pela redução da natalidade sem ponderar questões importantes, algumas de natureza econômica, como o seu envelhecimento e os reflexos na previdência social. No presente, a proposta mais difundida é a da sociedade de consumo, que dissuade as pessoas de terem filhos sob o pretexto dos prejuízos que traz à liberdade e ao seu estilo de vida. Em contraposição, quando os esposos, levados por uma consciência reta, forem mais generosos na transmissão da vida, eles mesmos tomarão a decisão de limitar o número de filhos por razões suficientemente sérias. Além disso, também a Igreja rejeita com todas as forças as intervenções coercitivas do Estado a favor da contracepção, da esterilização e até do aborto. Essas medidas são inaceitáveis em casos de populações com alta taxa de natalidade. Nestes desafios que a sociedade se encontra hoje em dia, é por vezes palco de trabalho de políticos incoerentes em suas propostas, quando defendem tais medidas indesejáveis em populações que sofrem o drama da baixa taxa de natalidade. Foi o caso dos bispos da Coréia, que criticaram tal agir de forma contraditória e negligenciando o próprio dever.

43AL
Num olhar panorâmico, verificamos que o enfraquecimento da fé religiosa e sua prática nas famílias lhes traz consequências perniciosas pelas dificuldades que cria no cotidiano da vida. Os Padres Sinodais (Sínodo de 2014 / 2015) constataram, por exemplo, que há uma solidão decorrente da ausência de Deus na vida das pessoas e fragilidade em suas relações interpessoais. Desafiando as famílias, não há como negar a realidade socioeconômica que muitas vezes acaba por esmagá-las. Acrescentaríamos ainda as crises demográficas, as dificuldades educativas, a fadiga em acolher a vida nascente e, no extremo oposto da vida, a presença dos idosos como um peso e a falta de afetividade que pode chegar à violência. Nesse quadro de dificuldades elencadas, torna-se indispensável a presença do Estado através de legislações adequadas que garantam o futuro dos jovens, ajudando-os a realizarem o seu projeto de formar uma família.

Agradecendo a Nossa Senhora sua proteção, sempre lembrando que “... sem mim nada podeis”. (Jo 15,5)

Fernando Martins
Equipe de Nossa Senhora do Monte Serrat

Nenhum comentário:

Postar um comentário